A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (11), uma operação a fim de investigar fraudes ao Auxílio Emergencial no estado de Minas Gerais. De acordo com a entidade, foram identificadas fraudes de alta complexidade, executadas com modelos sofisticados que visavam passar despercebidos pelas autoridades.
PF deflagra operação contra organização que desviou R$ 2,5 bilhões
Segundo a PF, as informações iniciais fazem parte da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE) da PF, que reúne dados de comunicações de irregularidades referentes ao pagamento fraudulento do auxílio, após terem sido analisados e confirmados pela Caixa.
Nesse sentido, conforme publicou a entidade, por meio do cruzamento desses dados, os investigadores conseguiram identificar beneficiários de valores oriundos de contas contestadas por fraude junto à Caixa.
“Esses benefícios foram utilizados para efetuar diversas compras em estabelecimentos comerciais, por intermédio de máquinas de cartão de crédito/débito e compras virtuais, com indícios de conivência por parte de seus responsáveis legais e/ou funcionários”, revelou a Polícia Federal.
Mandados cumpridos pela PF
A operação desta terça resultou em 14 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de contas bancárias das empresas envolvidas, além de 13 medidas cautelares diversas da prisão em desfavor dos responsáveis por empresas investigadas.
De acordo com a corporação, todas as medidas foram expedidas pela 11ª Vara Federal de Belo Horizonte e cumpridas por 60 policiais federais em 11 municípios mineiros:
- Belo Horizonte;
- Betim;
- Ituiutaba;
- Nova Serrana;
- Ribeirão das Neves;
- Sabará, Santa Luzia;
- Carmo da Mata;
- Jacutinga;
- Uberlândia;
- E Contagem.
Por fim, a PF relatou que a operação desta terça faz parte da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam a entidade e outros órgãos como:
- Ministério Público Federal (MPF)
- Ministério da Cidadania (MCid)
- Caixa, a Receita Federal (RF)
- Controladoria-Geral da União (CGU)
- E o Tribunal de Contas da União (TCU).
Todas as entidades reunidas têm o mesmo intuito: “identificar a ocorrência de fraudes massivas e desarticular a atuação de organizações criminosas”.
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