PF abre inquérito para investigar institutos de pesquisas

Agora é oficial. A Polícia Federal (PF) está investigando os institutos de pesquisas eleitorais. A informação foi divulgada pela “TV Globo”, que revelou que a entidade abriu nesta quinta-feira (13) um inquérito para investigar a atuação dessas empresas, que acabaram não conseguindo captar as intenções de votos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e, desde então, passaram a ser duramente criticadas.

Grupo de institutos de pesquisa querem acesso à investigação contra elas

O pedido de investigação foi enviado à PF pelo ministro da Justiça Anderson Torres, que havia recebido um ofício da campanha de Bolsonaro. O documento apontava a divergência entre os resultados das urnas no primeiro turno e as pesquisas divulgadas às vésperas da votação e ainda dizia que o fato se tipifica como crime a “divulgação de pesquisa fraudulenta”.

De acordo com a “TV Globo”, a princípio, não existem indícios de crimes eleitorais cometidos pelos institutos de pesquisa, que serão investigados pela divisão fazendária da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, em Brasília. Segundo a emissora carioca, a informação é que dentre as primeiras providências estão a solicitação das metodologias utilizadas pelos institutos que realizam esses levantamentos de intenções de votos.

Além da PF, Alexandre Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), também determinou que os institutos de pesquisa sejam investigados. Em sua decisão, ele pontuou que essas empresas erraram de maneira semelhante o resultado final da votação do dia 02 de outubro para presidente da República, o que, segundo ele, pode evidenciar que houve uma “conduta coordenada entre as empresas”, o que seria irregular.

Assim como publicou o Brasil123, os institutos atribuíram divergências entre os números de pesquisas de intenção de voto e os efetivamente registrados pelas urnas ao fato de parte dos eleitores dos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) terem optado pelo chamado “voto útil” e mudado sua opção de voto, escolhendo Bolsonaro para evitar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse vencer já no primeiro turno do pleito.

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