Petróleo volta a subir em meio a incertezas vindas do leste europeu

O petróleo voltou a fechar o pregão em alta. Nesta quarta-feira (16), o cenário internacional modificou completamente o clima de alívio observado na véspera (15). Assim, a commodity conseguiu recuperar parte das perdas registradas na sessão de ontem devido ao aumento das incertezas vindas do leste europeu.

A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, subiram 1,64% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 94,81 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também avançaram no pregão (+1,72%). Assim, o barril subiu para US$ 93,66 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Com o acréscimo desses resultados, ambas as referências voltam a acumular ganhos na semana, Por falar nisso, o petróleo encerrou todas as semanas de 2022 em alta. Em suma, o barril Brent acumula ganhos de quase 20% neste ano, enquanto o WTI tem um avanço ainda mais expressivo, de cerca de 24%.

Vale destacar que a commodity fechou 2021 com ganhos acumulados de mais de 50%. Aliás, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo. No entanto, a commodity segue com forte valorização em 2022.

Incertezas entre Rússia e Ucrânia impulsionam petróleo

O otimismo visto na véspera em relação ao leste europeu deu lugar às incertezas. Embora a Rússia tenha retirado algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia na terça-feira, não houve um desfecho para a situação. A saber, os soldados estavam fazendo exercícios militares e preocupando o mercado, mas a Rússia os enviou de volta para as suas bases.

Inclusive, nesta quarta, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que a Rússia continua reforçando a presença militar nas fronteiras com a Ucrânia.

“A Rússia ainda pode invadir a Ucrânia sem aviso prévio. As capacidades estão mobilizadas, e a presença militar é importante, superior a 100 mil soldados”, disse Stoltenberg.

Em resumo, as tensões na região preocupam o mercado, pois a invasão da Rússia à Ucrânia pode causar interrupções da produção de petróleo no leste europeu. O cenário irá gerar diversos impactos no setor energético global. E isso tudo acontece em uma realidade de oferta limitada e demanda global em expansão.

Leia Mais: Inflação no Reino Unido renova maior patamar em quase 30 anos

Ruan Samarone

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