Petróleo ultrapassa os US$ 100 pela primeira vez desde 2014

As consequências da invasão da Rússia à Ucrânia não se limitam apenas aos países em questão. O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou o ataque à Ucrânia no final da noite de ontem (23). E os mercados iniciaram a sessão de hoje refletindo o temor global com a guerra.

Um dos ativos mais afetados com a invasão russa é o petróleo. A saber, a cotação do barril Brent, que é a referência mundial, registrava alta de mais de 8% às 10h desta quinta-feira (24). Com isso, o preço do barril chegou a US$ 105 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Aliás, a última vez que o petróleo superou a marca dos US$ 100 foi em 2014.

Da mesma forma, o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subia 7,5% no mesmo horário. Assim, o barril estava cotado a US$ 99 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Tudo isso está ocorrendo porque a invasão russa pode causar interrupções da produção de petróleo no leste europeu, gerando diversos impactos no setor energético global. Inclusive, os analistas afirmavam há dias que os preços do petróleo poderiam superar os US$ 100, e isso ocorreu hoje.

Invasão russa deverá elevar a inflação global

Vale destacar que o planeta vem sofrendo com uma inflação bastante elevada devido aos impactos provocados pela pandemia da Covid-19. E um dos principais fatores que estão impulsionando a taxa inflacionária são os altos preços da energia.

Agora, com a invasão russa, a expectativa é que a inflação suba ainda mais. Como consequência, os bancos centrais globais devem promover um aperto monetário ainda mais firme. Nos Estados Unidos, as dúvidas sobre a elevação dos juros no próximo mês parece ter caído como as bombas lançadas por Moscou na Ucrânia.

Já em relação ao Brasil, a taxa básica de juros, a Selic, está a 10,75% ao ano. Os analistas acreditavam que a taxa encerraria 2022 a 12,25% ao ano, mas esta taxa pode subir ainda mais com a invasão da Rússia. Em resumo, a guerra tende a impactar o mundo com preços cada vez mais elevados. Por hora, resta aguardar por seus desdobramentos.

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