Petrobras não será ‘fatiada’ e Banco do Brasil não será privatizado, diz Lula

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito após derrotar o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta-feira (10), durante um encontro com aliados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona a transição entre os governos, que sua gestão não irá “fatiar” a Petrobras e que o Banco do Brasil não será privatizado.

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Nos últimos meses, durante sua campanha para voltar ao Palácio do Planalto, Lula criticou tanto as vendas recentes de subsidiárias da Petrobras quanto a proposta do governo de Bolsonaro para que a estatal de petróleo e o Banco do Brasil sejam privatizados, assim como aconteceu com a Eletrobrás.

“Quero dizer para vocês que as empresas públicas brasileiras serão respeitadas. A Petrobras não vai ser fatiada, quero dizer que o Banco do Brasil não vai ser privatizado, assim como a Caixa Econômica e o BNDES, o BNB e o Basa voltarão ser bancos de investimento, inclusive para pequenos e médios empreendedores”, disse Lula.

Durante seu discurso, Lula ainda questionou sobre o Brasil ter uma meta de inflação, mas, em contrapartida, não ter uma meta de crescimento. A fala acontece porque Lula tem dito que é necessário enxergar despesas em áreas como saúde e educação como investimento e não como gasto um si.

Choro de Lula

Em outro momento de sua fala, assim como publicou o Brasil123, Lula comentou sobre o combate à fome no país. Chorando, ele disse que este é seu principal compromisso. “Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café, estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da vida”, disse Lula, que ainda relatou que “jamais esperava” que a fome “voltasse” ao Brasil.

Alckmin não será ministro

Por fim, Lula ainda disse que seu vice, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSD), não será ministro durante o governo. Hoje, o ex-gestor paulista desempenha o papel de coordenador-geral da equipe de transição do governo eleito, que começa a trabalhar, de fato, em janeiro do ano que vem. “Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente”, declarou Lula durante seu discurso no Centro Cultural Banco do Brasil.

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