Pesquisadores da Inglaterra e Suíça testam pâncreas artificial

Um dispositivo apelidado de pâncreas artificial foi testado por pesquisadores da Inglaterra da Universidade de Cambridge e da Berna na Suíça.

De acordo com os estudos, o pâncreas artificial se mostrou mais eficaz para manter a glicemia dentro dos padrões do que a aplicação tradicional desse hormônio, com injeções manuais.

Foram testados 26 pacientes portadores de Diabetes Tipo 2 e insuficiência renal. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 80% das doenças renais em estágio terminal são causadas por diabetes, diante da vulnerabilidade desses pacientes, os pesquisadores decidiram buscar novas abordagens que os ajudem a manejar suas condições de maneira segura e eficaz.

Funcionamento do pâncreas artificial

O dispositivo funciona através de um sensor que mede a taxa de açúcar no sangue e de um algoritmo em um smartphone.

Extremamente portátil e autônomo, o equipamento usa uma bomba que injeta insulina automaticamente no paciente, quando há necessidade.

Mais sobre o estudo

Durante o estudo, os participantes utilizaram o dispositivo por 20 dias.

De acordo com os resultados, esses pacientes passaram 53% do tempo com a glicemia dentro de padrões aceitáveis, inclusive, a taxa de glicose no sangue também foi mais baixa comparada aos outros voluntários que usaram as injeções de insulina.

Além disso, segundo os pesquisadores, o pâncreas artificial se ajusta ao organismo de cada indivíduo com o passar do tempo, o que abre chances para garantir resultados ainda melhore através do seu uso prolongado.

O equipamento também traria mais praticidade à vida desses indivíduos, já que leva tempo para checar a glicemia e fazer a aplicação de insulina diariamente.

Antes de o dispositivo fazer parte da rotina das pessoas com diabetes no mundo todo, ainda serão necessárias mais algumas pesquisas com maior número de voluntários.

Mais sobre o diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta cerca de 12,5 milhões de brasileiros.

Nessa condição o corpo não produz insulina ou cria resistência à insulina.

Esta doença pode ser ocasionada devido a vários fatores incluindo o estilo de vida.

Dentre os principais sintomas, os médicos alertam para:

• Aumento da sede
• Boca seca
• Vontade frequente para urinar
• Cansaço frequente
• Visão turva ou embaçada
• Feridas que cicatrizam lentamente
• Formigamento nos pés ou mãos
• Infecções frequentes como candidíase ou infecção urinária

Além disso, o diabetes tipo 2 pode trazer como consequências os seguintes quadros:

• Cegueira;
• Má cicatrização de feridas
• Necrose e amputação do membro;
• Disfunções no sistema nervoso central;
• Disfunções na circulação do sangue;
• Complicações cardíacas
• Coma
• AVC (Acidente Vascular cerebral)

Diante de tais agravantes, o ideal é iniciar o tratamento do diabetes tipo 2  assim que detectar os primeiros sintomas, além de cuidar da alimentação com mais prioridade.

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