Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA sobem pela terceira semana

Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram na semana encerrada em 25 de setembro. A saber, as houve 362 mil novas solicitações no período, o que corresponde a um aumento de 11 mil novos pedidos em relação à semana anterior (351 mil). Esse valor frustrou a expectativa de analistas, que esperavam uma queda dos números, para 335 mil novos pedidos.

Essa é a terceira semana consecutiva de aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país. Na semana encerrada em 11 de setembro, os pedidos haviam registrado alta de 23 mil em relação à semana anterior (312 mil). Já na semana encerrada em 18 de setembro, houve 16 mil novos pedidos. O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou os dados nesta quinta-feira (30).

Até a semana anterior, o resultado ainda continuava confirmando a tendência de queda da média móvel de quatro semanas. Contudo, esse indicador passou de 335 mil pedidos para 340 mil novas solicitações, um aumento de cinco mil pedidos em relação à média da semana anterior.

Vale destacar que especialistas consideram uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego como indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA até estavam se aproximando desse patamar, mas isso não é mais uma realidade.

Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa menos de 10% do recorde de 6,867 milhões de pedidos registrados na semana encerrada em 28 de março de 2020.

Veja o que vem elevando os novos pedidos

A saber, a economia norte-americana continua sofrendo com a forte escassez de trabalhadores. Em julho, o país registrou um recorde de 10,9 milhões de vagas de emprego em aberto, segundo dados do governo.

Atualmente, há mais de 8,0 milhões de pessoas oficialmente desempregadas no país. Em resumo, alguns dos principais fatores que fortalecem esse cenário são a dificuldade em conseguir creches para os filhos e o medo de contrair o novo coronavírus.

Inclusive, os EUA voltaram a liderar o ranking mundial de óbitos provocados pela Covid-19. O país vem registrando uma média diária de 2 mil mortes e se aproxima das 700 mil vítimas pelo novo coronavírus. Em suma, a Delta, variante mais transmissível do novo coronavírus, continua elevando os números de casos e mortes no planeta. E, nos EUA, algumas regiões voltaram a adotar medidas restritivas, o que afeta o mercado de trabalho do país.

Por fim, incêndios florestais na Califórnia e o furacão Ida, que interrompeu por semanas a produção de petróleo no Golfo do México, também impulsionaram o número de novos pedidos no país na semana.

Leia Mais: População desalentada no Brasil atinge 5,4 milhões de pessoas

Ruan Samarone

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