Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos cresceram na semana encerrada em 5 de março. A saber, houve 227 mil novas solicitações no período, o que corresponde a um acréscimo de 11 mil novos pedidos em relação à semana anterior, quando houve 216 mil solicitações.
O avanço frustrou as estimativas de analistas, que projetavam estabilidade do número de novos pedidos no período, permanecendo em 216 mil. O Departamento do Trabalho norte-americano divulgou os dados nesta quinta-feira (10).
Com o acréscimo deste resultado, a média móvel de quatro semanas subiu para 230.750 pedidos. Este dado suaviza a volatilidade e apresenta um dado mais próximo da realidade atual do mercado de trabalho do país.
Além disso, as solicitações contínuas ficaram em 1,909 milhão. Isso representa uma queda de 62.259 pedidos em relação à média revisada da semana anterior. A propósito, estes dados são relatados com uma semana de atraso.
De acordo com especialistas, uma faixa de 200 mil a 250 mil novos pedidos semanais de auxílio-desemprego é considerada um indicador de um mercado de trabalho saudável. E os EUA estão com dados dentro desse intervalo, ou seja, o avanço da semana não tende a preocupar.
Pedidos de auxílio ainda refletem impactos da Covid-19
Em 2020, a pandemia da Covid-19 fez os pedidos de auxílio-desemprego dispararem nos EUA. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a 664 mil. Entretanto, esse nível representa apenas 10,8% do recorde de 6,149 milhões de pedidos registrados em abril 2020.
Em 2021, a situação caótica não se repetiu graças ao avanço da vacinação e à redução dos casos e mortes provocados pela Covid-19. Neste ano, o país ainda sofreu com a explosão de casos devido à variante Ômicron, impulsionando os pedidos de auxílio-desemprego, mas o cenário vem mudando nas últimas semanas.
Os EUA estão sofrendo há meses com a escassez de trabalhadores. Esse cenário também está limitando o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego no país, pois muitas empresas estão segurando os seus funcionários devido à dificuldade em encontrar mão-de-obra.
No final de dezembro de 2021, os EUA tinham quase 10,9 milhões de vagas em aberto, número bem próximo do recorde registrado em julho, quando o país tinha 11,098 milhões de postos não preenchidos. A escassez de mão de obra e os impactos provocados pela Covid-19 ainda afetam o mercado de trabalho americano, bem como os novos pedidos de auxílio-desemprego.
Embora esse cenário ainda provoque incertezas, o país criou 678 mil empregos no setor privado em fevereiro. O resultado surpreendeu os analistas, que projetavam a criação de 440 mil empregos no mês.
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