Nesta segunda-feira, 3, cerca de três mil passageiros foram obrigados a desembarcar de um cruzeiro rumo às Ilhas Canárias. O motivo está relacionado ao surto de Covid-19, fazendo que desembarcassem em Portugal, mas precisamente na cidade de Lisboa.
Os primeiros passageiros que apresentaram resultado positivo para “AIDAnova”, foram colocados em um ônibus com destino ao aeroporto de Lisboa antes do amanhecer. As informações foram repassadas pelo chefe da Polícia Marítima de Lisboa, Diogo Vieira Branco.
O restante dos passageiros do cruzeiro foram transferidos no final da tarde de ontem. O navio que fazia o cruzeiro comportava 2.844 passageiros e 1.353 tripulantes, ainda que a capacidade total fosse para 5.200 pessoas. A embarcação atracou em Lisboa logo após passar pelo porto de La Coruña, no noroeste da Espanha.
De acordo com a programação, o cruzeiro deveria chegar às Ilhas Canárias espanholas logo após passar pela ilha portuguesa de Madeira. Contudo, tão rápido quanto o surgimento dos primeiros casos de contágio de Covid-19, a operadora AIDA Cruises Sunday decidiu suspender a viagem prezando pela saúde e segurança dos hóspedes e da tripulação.
Na última segunda-feira, 3, foram registrados 68 casos positivos para Covid-19 no navio, sendo que deste total, 60 eram entre os tripulantes. De acordo com o chefe da Polícia Marítima de Lisboa, os infectados são assintomáticos ou apresentaram sintomas leves. A maior parte está hospedada em hotéis em Lisboa.
Em Portugal, a nova variante ômicron da Covid-19 é responsável por, aproximadamente, 90% das infecções. Nesta terça-feira, 4, as autoridades da saúde de Madeira, registraram 1476 novos casos de infecções por Covid-19, sendo 7.292 deles ativos nas últimas 24 horas na região. Enquanto isso, 65 estão hospitalizados, dois deles em Unidades de Centro Intensivo (UTI).
As informações sobre o cenário epidemiológico no país foram divulgadas pela Direcção Regional de Saúde (DRS). A pasta indica que somente na ilha da Madeira, existem 25.141 infectados por Covid-19 desde o início da pandemia. No que compete aos novos casos, 1.431 provêm da transmissão local e outros 45 foram importados.
Ao analisar o cenário regional, nota-se que o Reino Unido foi um dos primeiros países infectados pela variante ômicron da Covid-19 no decorrer das últimas semanas. Embora haja confiança na superação dos casos sem a necessidade de um confinamento, novas medidas de contenção dever ser sancionadas. Na oportunidade, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que as próximas semanas devem ser difíceis, e que a luta contra a Covid-19 está longe de acabar.