Presos de uma cadeia localizada em Sarandi, no norte do Paraná, arrumaram uma forma de reclamar das condições que estão enfrentando atualmente no local: eles realizaram uma transmissão ao vivo na noite de quinta-feira (16) para reclamar da situação do presídio.
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No vídeo, os detentos fizeram uma série de reclamação. Dentre elas esteve a superlotação do presídio. Em outro momento, os presos também comentaram sobre o tratamento, segundo eles, truculento que estão recebendo dos agentes.
“O chefe de segurança vem todo ano oprimindo nós e nossos familiares. Dessa forma aí, vocês acham que a gente vai melhorar? Tá formando monstro nessa unidade”, afirmou no vídeo um dos homens.
Já outro preso comentou que os detentos chegam a pagar R$ 10 mil para agentes de segurança liberarem celulares para uso dentro do presídio. “Eles fizeram da cadeia uma firma. Nesse momento a cadeia tá um barril de pólvora e uma hora vai estourar”, revelou o rapaz.
Nesta sexta-feira (17), um dia após o vídeo ter viralizado, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) informou que alguns presidiários tentaram fugir do local. No entanto, segundo o departamento, ninguém conseguiu deixar a unidade.
Além disso, Depen também informou que fez uma operação para a retirada de aparelhos celulares e outros itens ilícitos, relatando ainda que muitas das reclamações dos presos são improcedentes.
Já em relação à superlotação da cadeia, a entidade afirmou que, de fato, existem excessos de presos. No entanto, atualmente, o departamento tem realizado uma série de transferências a fim de levar os presos para outras unidades.
Por fim, o Depen afirmou que os responsáveis pela transmissão ao vivo irão responder criminalmente e administrativamente pela conduta. Em nota, a Polícia Civil revelou que tomou conhecimento do vídeo e, por isso, resolveu instaurar um inquérito que terá como intuito apurar as denúncias apresentadas pelos presos.
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