Papa chega ao Iraque em visita histórica em meio à pandemia

O papa Francisco chegou ao Iraque nesta sexta-feira (5) em meio à pandemia de Covid-19 e às preocupações com a segurança no país. Na viagem história, o pontífice busca convencer a população cristã cada vez menor do Iraque a se reconstruir após anos de guerra e perseguição. Trata-se da primeira visita de um papa ao local de nascimento das Igrejas Orientais, de onde mais de um milhão de cristãos fugiram nos últimos 20 anos.

Papa chega em Bagdá, capital do Iraque, para viagem de três dias (Foto: reprodução)

Faixas e pôsteres anunciavam a visita a Bagdá e outdoors com imagens do papa decoravam as principais avenidas da capital. O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, disse que os iraquianos estavam ansiosos para receber a “mensagem de paz e tolerância” do papa e descreveu a visita como um encontro histórico.

Segurança e Covid-19

Conforme a mídia internacional, Francisco e a delegação do Vaticano contam com as forças de segurança iraquianas para protegê-los. O governo do Iraque quer mostrar a segurança que alcançou após anos de guerras e ataques militantes que continuam até hoje. Contudo, um duplo ataque suicida matou ao menos 32 pessoas no centro de Bagdá, em janeiro.

 “A visita do papa é para apoiar os cristãos no Iraque a ficarem e para dizer que eles não foram esquecidos”, disse um cardeal de Bagdá, Luis Sako. A viagem de três dias incluirá um encontro com o principal líder xiita do Iraque, o Aiatolá Ali al-Sistani.

O papa faz a visita no momento em que o Iraque registra aumento de contágios da Covid-19. Além disso, as autoridades de saúde já identificaram casos da variante mais contagiosa que surgiu no Reino Unido.

Francisco, de 84 anos, a delegação do Vaticano e os profissionais da mídia itinerante já receberam as vacinas, mas a maioria dos iraquianos não. As autoridades do Vaticano e do Iraque minimizaram a ameaça do vírus e insistiram que vão adotar as medidas sanitárias, como o distanciamento social e controle da multidão.

Cristãos no Iraque

Os cristãos já foram uma minoria considerável no Iraque, mas diminuíram desde a invasão de 2003 liderada pelos Estados Unidos. Os números caíram ainda mais durante o reinado do Estado Islâmico de 2014 a 2017.

Poucos voltaram do exílio, até porque muitas das casas e igrejas foram destruídas. Os números exatos são difíceis de obter, mas havia cerca de 1,4 milhão de cristãos no Iraque em 2003 e hoje acredita-se que esteja em torno de 250 mil. O papa Francisco planeja orar na igreja de Bagdá, local de um dos piores massacres de cristãos.

Lobato Felizola

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