Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostrou que 2020 já é o pior ano da história quando se fala das queimadas no Pantanal. De acordo com o instituto, os números são os maiores desde o início da medição.
A medição do Inpe na região começou ainda em 1998. Ou seja, os números são os maiores em mais de 20 anos. Segundo o levantamento, só o mês de setembro registrou 8.106 pontos de calor na região do Pantanal.
Nunca um mês de setembro registrou tantos pontos de incêndio na região. Mas não é só isso. Os dados também mostram que o ano de 2020 já é o que registra os maiores números de focos dentre todos os anos em que a pesquisa aconteceu.
E é preciso considerar que o ano ainda não acabou. Ou seja, faltando três meses para o fim do ano, 2020 já bateu esse recorde. De acordo com o Inpe, foram 18.259 focos nos registros entre os meses de janeiro e setembro. Veja abaixo:
- 2016 – 5.536 pontos.
- 2017 – 5.773 pontos.
- 2018 – 1.691 pontos.
- 2019 – 10.025 pontos.
- 2020 – 18.259 pontos.
Além do Pantanal
A situação não está difícil apenas no Pantanal. Ainda de acordo com o Inpe, os números da Amazônia também são preocupantes. Por lá, o mês de setembro de 2020 representou um aumento de 61% nas queimadas em relação ao que foi visto no mesmo período de 2019.
Os números, no entanto são bem mais baixos do que se chegou a ver entre os anos de 2003 e 2007. Na região, as queimadas chegavam em mais de 73 mil pontos por mês. Este ano o registro foi de 32.017. Seja como for, é um aumento significativo depois de uma grande redução entre os anos de 2008 e 2016.
Dados do Inpe
Ainda de acordo com o Inpe, entre janeiro e agosto o Brasil já perdeu mais de 53 mil quilômetros quadrados em matas seja na Amazônia ou Pantanal. É portanto uma área que equivale a 34 cidades de São Paulo ou ainda a soma dos estados de Sergipe e Alagoas.