Vários países têm recebido uma quantidade expressiva de turistas brasileiros, a maior parte exige a apresentação do comprovante de vacinação para liberar a entrada. No entanto, ainda não houve um consenso sobre as regras de imunização.
Isso porque, enquanto alguns países já determinaram que as vacinas aceitas serão apenas a Pfizer, AstraZeneca e Janssen, outros continuam o debate sobre a aceitação ou não da CoronaVac. O impasse maior tem sido quanto à vacinação com as primeiras doses da CoronaVac e o reforço vacinal com a Pfizer ou a AstraZeneca.
A ação denominada de ‘intercâmbio de vacinas’, é caracterizada pelo uso de um imunizante distinto na segunda fase da vacinação contra a Covid-19. No Brasil, esta mescla foi liberada pelo Ministério da Saúde. A princípio, a combinação entre duas vacinas era liberada somente em determinados casos, como a vacinação de grávidas que iniciaram o esquema vacinal tomando a primeira dose da AstraZeneca.
Diante da preocupação sobre a eficácia desta mistura de vacinas, a infectologista Mirian Dal Ben, destacou que a eficácia proveniente da união entre duas vacinas distintas é totalmente maior. Não importa a ordem, qualquer uma das vacinas pode ser mesclada. No entanto, esta lógica não é muito bem recebida por alguns países, como a Alemanha, que informou que por hora, não irá aceitar a vacinação com o uso de vacinas fabricadas fora da União Europeia.
É o caso de quem tomou as primeiras duas doses da CoronaVac e a terceira dose da vacina AstraZeneca. Essas pessoas não serão autorizadas a entrar na Alemanha. Por outro lado, o Reino Unido, a Itália, o Canadá e os Estados Unidos da América (EUA) ainda não estabeleceram este ponto no cronograma de vacinação contra a Covid-19.
Já a Espanha e a Holanda anunciaram que irão aceitar a entrada de qualquer turista vacinado, desde que o imunizante utilizado tenha sido aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a CoronaVac. Em Portugal o cenário é o mesmo, e já não há mais restrições quanto à entrada de turistas brasileiros, desde que o viajante realize o teste de Covid-19 para provar que não está infectado ao chegar no país.
Veja a decisão dos principais países a seguir:
Portugal
O Governo de Portugal declarou que, “Todos os cidadãos que pretendam viajar para Portugal por via aérea, exceto as crianças com menos de 12 anos, têm de apresentar Certificado Digital COVID da UE, ou, em alternativa, comprovativo de realização de teste laboratorial molecular por RT-PCR ou teste rápido de antigénio com resultado negativo, realizado nas 72 ou 48 horas anteriores à hora do embarque, respetivamente”.
As medidas restritivas devido à pandemia da Covid-19 foram modificadas recentemente pelo governo português. Agora, a quarentena ao chegar no país não é mais obrigatória.
Holanda
A Holanda informou que aceita todos os comprovantes de vacinação para todas as marcas de imunizantes listados no Uso de Emergência da OMS. Vale ressaltar que tanto a CoronaVac quanto a SinoVac estão na lista.
Espanha
O governo espanhol aceita todas as vacinas contra a Covid-19, desde que aprovadas pela OMS, como é o caso da polêmica CoronaVac.
“As vacinas admitidas na Espanha são aquelas autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou que tenham concluído o processo de uso emergencial da Organização Mundial de Saúde. O Sinovac está incluído entre as vacinas que completaram o processo de uso emergencial da OMS, para que pessoas com o calendário completo desta vacina possam entrar em nosso país”, declarou.
Alemanha
Somente os turistas imunizados com vacinas da União Europeia podem entrar no país. Portanto, quem tomou as duas doses da CoronaVac, ainda que a terceira seja da AstraZeneca não serão autorizados a entrar.
A SinoVac também não está incluída na lista de imunizantes aceitos para entrar na Alemanha, desta forma, nem mesmo a dose de reforço da AstraZeneca ou da Pfizer não serão o suficiente.