Após perceber que alguém havia sido baleado em Itanhaém, no litoral de São Paulo, um homem foi tentar socorrer a vítima. Chegando no local, ele percebeu que a pessoa feriada era sua filha, Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes, morta durante um assalto na cidade.
Assim como publicou o Brasil123, a mulher foi assassinada momentos depois de chegar ao comércio da família, por volta das 22h de sábado (02). Ao estacionar seu carro, ela foi abordada por cinco criminosos, que cercaram seu carro e a mataram na sequência.
Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da “TV Globo”, nesta terça-feira (05), Rafaela Kohani Aoki, prima de Alessandra Tomie, disse que, antes do fato, os bandidos puxaram a mulher e simularam uma briga.
“Na hora, eu não sabia que era ela, não tinha visto. O criminoso começou a gritar ‘tá doidona, tá doidona’, para acharem que era briga entre casal, que era o que todo mundo estava achando. Depois, parece que iam tentar ir para cima do moço, foi aí que ele pegou a arma e disparou para o alto”, explicou a mulher.
Ainda de acordo com ela, neste momento, todas as pessoas que estavam no local se jogaram no chão e, em seguida, foi possível ouvir três disparos. Destes tiros, dois acertaram Alessandra Tomie: um na cabeça e outro no abdômen.
Neste momento, afirma a prima da vítima, o pai dela foi até o local para tentar socorrer a pessoa que havia acabado de levar os tiros, sem saber que se tratava da filha. “Ele foi lá acudir a pessoa e, quando ele viu, era a filha dele. Ele não acreditou”, disse. “Ela era uma moça trabalhadora, guerreira, e ter acontecido isso com ela não é justo”, completou a familiar.
Alessandra Tomie ainda foi socorrida e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itanhaém, já desacordada. Todavia, por conta da gravidade dos ferimentos, acabou não resistindo e morreu.
Carro de Alessandra encontrado, ninguém preso
Depois do crime, os bandidos fugiram do local em dois carros, um deles o de Alessandra Tomie. Horas depois, agentes da Polícia Militar (PM) encontraram o veículo abandonado e completamente carbonizado.
O caso foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte, na Delegacia Seccional de Itanhaém. Até o momento, ninguém foi localizado ou preso pelo crime contra a vítima.
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