Apesar de ter notado uma diferença no corpo da filha, o pai de Ana Carolina Pereira Pinto, de 20 anos, que morreu na semana passada ao tentar abortar seu bebê de sete meses, afirmou, em depoimento à polícia, que não sabia da gestação da jovem.
Assim como publicou o Brasil123, a jovem morreu um dia depois de ter aplicado injeções na barriga para abortar seu bebê, que também morreu. Antes do óbito, ela havia mandado mensagens para o seu namorado reclamando de fortes dores por conta da aplicação do chamado “kit aborto”, adquirido por eles na internet por R$ 1.400.
Em depoimento, o pai da jovem afirmou que não sabia da gravidez e imaginou apenas que Ana Carolina havia ganhado alguns quilos. Durante a oitiva, ele também foi questionado sobre o comportamento da filha no dia do óbito e explicou que, para ele, a vítima estava normal, sem aparentar quaisquer sintomas de dores.
Segundo o homem, o fato só veio à tona quando, durante a noite, a família decidiu pedir comida por aplicativo. Neste momento, afirma o pai de Ana Carolina, a jovem alegou que estava fazendo uma prova online da faculdade no quarto e com a porta fechada.
Passado o tempo, os pais da vítima foram dormir, sem ter visto que a filha não havia jantado. Por volta das 4h da manhã, eles foram ao quarto de Ana Carolina para acordá-la, visto que ela iria para a faculdade e não havia levantado com o despertador.
Ao abrir a porta, a mãe da jovem a encontrou caída no chão. Rapidamente, o socorro foi chamado, mas, ao chegar, notou-se que a jovem já estava sem vida.
Outro a ser acionado para o local foi o namorado da vítima, Kevin Willians, de 22 anos, que apesar de se mostrar surpreso, logo confessou que ele e a namorada haviam realizado um procedimento. Foi somente depois que ele revelou que o procedimento era, na realidade, uma tentativa de aborto.
Por conta do fato, o namorado da jovem foi preso em flagrante, mas acabou sendo liberado no dia seguinte. Agora, ele responde em liberdade por crime contra a vida, que foi provocar aborto com o consentimento da gestante.
De acordo com ele, a gravidez foi descoberta há cerca de um mês e, por isso, eles decidiram tentar abortá-la, pois chegaram ao consenso que não tinham “experiência” para seguir com a gestação.
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