Otan reconhece risco de conflito militar na Europa

Nesta quinta-feira, 13, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, admitiu o risco de um conflito militar armado na Europa. Chegou-se à conclusão após a realização de uma reunião entre a aliança militar ocidental e altos representantes do governo russo, a qual terminou sem nenhum avanço notável. 

 

Otan reconhece risco de conflito militar na Europa. (Imagem: Correio Braziliense)

 

Na oportunidade, o secretário-geral reconheceu a existência de distinções expressivas entre os aliados da Otan e da Rússia, as quais não serão nem um pouco fáceis de superar. Contudo, trata-se de um sinal positivo de que todos os aliados da Otan e da Rússia estejam sentados à mesma mesa. Para Stoltenberg, a Otan propôs ao lado russo uma série de reuniões temáticas, embora os enviados de Moscou tenham confirmado a necessidade de um período maior para dar uma resposta.

“A Rússia não estava em condições de aceitar a proposta. Eles também não a rejeitaram, embora a delegação russa tenha deixado claro que precisa de tempo para retornar à Otan com uma resposta”, disse. Em contrapartida, o chefe da Otan avisou que não pretende fazer concessões cruciais, e muito menos, aceitaria que a Rússia conquistasse o poder de veto sobre qual país pode ou não se juntar à aliança militar. 

A Ucrânia é uma nação soberana e tem o direito de defesa. Além do mais, não é uma ameaça para a Rússia, que é a agressora. A Rússia se apropriou da força e continua a fazê-lo contra a Ucrânia. Stoltenberg disse ter descartado que a Otan atenderia às exigências do Kremlin no intuito de impedir um avanço da aliança rumo ao leste da Europa.

Enquanto isso, a subsecretária de Estado, a norte-americana Wendy Sherman, informou sobre um encontro que teve a participação da Rússia com o objetivo de apresentar as preocupações em termos de segurança. Mas agora, Moscou tem o desafio de conceder uma resposta à oferta lançada pela Otan de promover uma série de encontros temáticos

De acordo com a funcionária, a intenção é convencer a Rússia a “reduzir a tensão, escolher o caminho da diplomacia, permanecer comprometida com um diálogo honesto e recíproco, para que juntos possamos identificar soluções”. Durante a reunião da última quarta-feira, a Rússia foi representada pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Alexander Grushko, que a descreveu como um momento verdadeiro nas relações entre a Rússia e a Otan. 

Laura Alvarenga

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