Conforme relatório publicado na sexta-feira (27), a comunidade de Inteligência dos Estados Unidos (EUA) chegou ao consenso sobre a origem do novo coronavírus: ele não foi criado como arma biológica. A maioria das agências considera improvável que o vírus causador da Covid-19 tenha sido desenvolvido geneticamente.
No entanto, ainda há dúvidas sobre as origens do coronavírus. Quatro agências e o Conselho Nacional de Inteligência defendem a teoria de que o vírus foi passado naturalmente de um animal aos seres humanos, enquanto outra agência acredita que o coronavírus tenha sido vazado de um laboratório. Ainda há três agências que não chegaram a uma conclusão até o momento.
O presidente dos EUA, Joe Biden, acusou a China de reter “informação crítica” sobre a origem do novo coronavírus.
“Existe informação crucial sobre as origens desta pandemia na República Popular da China, mas desde o princípio, os funcionários do governo chinês têm trabalhado para evitar que os pesquisadores internacionais e membros da comunidade de saúde pública mundial tenham acesso a ela”, disse Biden em um comunicado.
“Até o dia de hoje, a República Popular da China continua rejeitando os apelos à transparência e retendo informação, inclusive quando o número de vítimas desta pandemia continua aumentando.”, afirmou o presidente.
Desde que o primeiro caso de Covid-19 foi registrado na China em dezembro de 2019, quase 4,5 milhões de pessoas morreram em decorrência da infecção pelo novo coronavírus.
Presidente dos EUA quer respostas sobre origem do coronavírus
O relatório confidencial de inteligência foi entregue a Biden na terça-feira (24), e o presidente americano deu 90 dias para os serviços de inteligência do país “redobrarem os esforços” para explicar a origem da Covid-19.
O novo coronavírus não foi criado “como uma arma biológica” e “provavelmente” não foi projetado “geneticamente”, diz o relatório, segundo o resumo divulgado à imprensa.
“A comunidade de inteligência dos EUA acredita que as autoridades chinesas não tinham conhecimento prévio do vírus antes do início da epidemia”, conclui o resumo.