Quase 30 partidos de oposição disseram que irão boicotar as eleições parlamentares da Venezuela. O pleito está marcado para acontecer no próximo dia 6 de dezembro. Eleições foram marcadas sem o apoio do Congresso, que é justamente controlado pela oposição.
O anúncio do boicote foi feito ainda na noite deste domingo (2). Um texto foi publicado no site oficial da Assembleia Nacional. Ao todo, 27 partidos assinaram o documento do boicote. Ao redor do mundo, vários países pediram para que a Venezuela realize eleições livres e limpas.
“Os partidos democráticos venezuelanos convocam todos os setores sociais e políticos do país a construírem uma nova ofensiva democrática para a salvação de Venezuela”, diz o texto publicado no site oficial da Assembleia.
Esta decisão não chega a ser bem uma novidade. Isso porque, assim que as eleições foram marcadas, vários líderes de partidos de oposição já tinham dito que não participariam destas eleições parlamentares.
Seja como for, o domingo (2) marcou a publicação de um documento oficial que tem o objetivo de ratificar a posição de uma “união dos partidos de oposição”. Vale lembrar que entre esses partidos, há agremiações de direita, centro e de esquerda.
Boicote na Venezuela
Mas tecnicamente falando, as eleições legislativas na Venezuela precisam ser realizadas este ano. É que a última eleição aconteceu ainda em 2015. Na ocasião, os deputados foram eleitos para que cumprissem um mandato de quatro anos.
Ou seja, esses mandatos de quatro anos dura apenas até o final de 2020. Dessa forma, a Venezuela precisa escolher os novos representantes para o Congresso antes do início da nova legislatura.
De acordo com as autoridades eleitorais da Venezuela, 277 deputados serão eleitos. E isso provavelmente independerá de qualquer tipo de boicote da oposição. Vale lembrar que a atual legislatura elegeu Juan Guaidó como presidente do país iniciando uma longa e problemática polêmica sobre os direitos políticos do país.
Em 2018, nas eleições presidenciais, a oposição também boicotou o pleito. Na ocasião, Nicolás Maduro foi declarado eleito e seguiu no poder no comando do país sul-americano até a data atual.