Em dois dias de trabalhos, a CPI da Covid-19 já revelou algumas ações erradas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. Isso porque, os depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich mostraram aos senadores, de acordo com a oposição, que a gestão do chefe do Executivo boicotava as ações de distanciamento, o uso de máscaras e ainda incentivava o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.
Teich diz que deixou o governo após notar que não teria autonomia
Além disso, de acordo com essas pessoas contrárias ao governo, a CPI da Covid-19 também já mostrou que Bolsonaro trabalhava firme para sabotar a autoridade dos dois ministros. De acordo com Henrique Mandetta, a principal meta do ministro da Saúde, para o governo, era acelerar a contaminação da população, a fim de se conseguir uma imunidade de rebanho.
O objetivo era alcançar a sonhada imunidade de rebanho o mais rapidamente possível. Daí, o incentivo a aglomerações”, explicou Mandetta em seu depoimento, concedido na terça-feira (03).
Uma matéria do jornalista Otávio Guedes, publicada nesta quinta-feira (06), revelou que parlamentares contrários aos pensamentos da gestão de Bolsonaro já listaram os principais erros do governo federal no enfrentamento da pandemia. Nesse sentido, afirmam essas pessoas, percebeu-se, durante dos depoimentos, que havia um “Ministério Paralelo” de Saúde que não era um mero órgão de aconselhamento.
Conforme os depoimentos, esse “Ministério” produzia documentos, como a proposta de alteração da bula da cloroquina, informação divulgada no Brasil123 na terça (03), ou as determinações de produção em alta escala da droga pelo Exército, sem que o ministro à época, Nelson Teich, pudesse opinar.
Ainda de acordo com a publicação de Otávio Guedes, os parlamentares afirmam que o principal pecado de Bolsonaro na gestão da Covid-19 é quanto suas atitudes, que poderiam ter sido diferentes, visto que o presidente teve acesso a todas as informações sobre os cuidados que deveriam ser tomados e ainda foi alertado obre a gravidade da pandemia.
Por fim, ainda resta uma pergunta. A oposição quer saber porque o governo tem mais ministros do que vacina no currículo, pois a gestão Bolsonaro está no quarto chefe da Saúde e tem apenas uma vacina para chamar de sua: a da AstraZeneca, visto que a Coronavac foi trazida ao país graças ao governo de São Paulo.
Na gestão de Mandetta, primeiro ministro na pandemia, ainda não havia vacina. No segundo, Teich, aconteceu a autorização da AstraZeneca, que pôde, a partir de então, fazer testes no Brasil em troca de prioridade em uma futura compra.
Assim que Teich saiu do comando, o “Ministério Paralelo” se tornou oficial, pois passou a ser comandado pelo general Eduardo Pazuello. Nesse sentido, resta responder o porquê de não terem fechado parcerias com outras vacinas, visto que a gestão Pazuello, que debe depor nas próximas semanas, recusou oficialmente 11 ofertas de vacinas.
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