A Polícia Federal (PF) deflagra, nesta terça-feira (02), a Operação Mais Valia, um desdobramento da Operação Tris in Idem, que em agosto de 2020, afastou do cargo o então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), na crise dos gastos na pandemia.
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Na ação desta terça, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), Marcos Pinto da Cruz, foi preso. Além dele, outros três desembargadores são procurados.
De acordo com a PF, o Ministério Público Federal (MPF) apura o pagamento de vantagens indevidas aos magistrados. Em contrapartida, esses profissionais, de acordo com as investigações, teriam beneficiado integrantes do esquema criminoso, supostamente instalado no governo de Wilson Witzel.
Ainda segundo as investigações, o TRT do Rio de Janeiro era um dos três núcleos do esquema de corrupção na gestão do governador afastado do RJ, que no mês passado, virou réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Os outros núcleos eram compostos pela “caixinha da propina” e pelas “sobras de duodécimos”.
Em nota, a PF revelou que, ao todo, os agentes saíram para cumprir 11 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão ao longo desta terça. Marcos Pinto foi preso em casa, uma mansão no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, por volta das 10h.
Operação: quem é procurado
De acordo com a PF, os mandados foram expedidos pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, e foi um pedido da Vice-Presidência da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Dessa forma, Nancy expediu mandados de prisão para as seguintes pessoas:
- Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, desembargador;
- Eduarda Pinto da Cruz,operadora;
- Fernando Antônio Zorzenon da Silva, desembargador;
- José da Fonseca Martins Junior, desembargador;
- Leila Maria Gregory Cavalcante de Albuquerque, operadora;
- Manoel Messias Peixinho;
- Marcello Cavanellas Zorzenon da Silva, operador;
- Marcos Pinto da Cruz, desembargador;
- Pedro D’Alcântara Miranda Neto;
- Sônia Regina Dias Martins, operadora;
- Suzani Andrade Ferraro, operadora.
Em nota, a PF informou que, ao longo do dia, irá liberar mais informações sobre as pessoas procuradas. Este não é o único imbróglio atual que envolve o nome do governador afastado do Rio de Janeiro, que também responde a um processo de impeachment em um Tribunal Especial Misto. Recentemente, o STJ prorrogou o afastamento dele por um ano ao aceitar a denúncia do MPF e torná-lo réu.
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