Segundo a edição extra do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, todos os estados brasileiros apresentam taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) abaixo de 80%, considerada a zona crítica.
Ao mesmo tempo em que a grande maioria dos estados apresenta queda ou estabilidade na ocupação de UTIs, o Distrito Federal teve alta de 55% para 66% no indicador. No Espírito Santo, que também registrou aumento na ocupação de UTIs, a taxa está em 65%.
Apesar de ter tido crescimento de 29% para 50% no indicador, o estado do Amazonas segue fora da zona de alerta. A variação é por conta da redução no número de leitos disponíveis, que foram fechados por conta do recuo no número de hospitalizações por Covid-19.
“A redução paulatina de leitos continua sendo observada, e, na última semana, foram registradas quedas nos leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito federal”, diz o boletim da Fiocruz.
Fiocruz diz que população precisa ter cautela com a Covid-19
Mesmo com a melhor nos indicadores da pandemia, os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz afirmam que a população deve ter cautela e manter cuidados básicos, como uso de máscaras e o distanciamento.
Os pesquisadores também defendem a ampliação da vacinação de adultos ainda não imunizados e a aplicação da terceira dose em idosos, além de se colocarem a favor da imunização de adolescentes. “Neste contexto, o passaporte vacinal é uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação”, indicaram.
Passada a fase mais aguda da pandemia, os especialistas da Fiocruz dizem que o Brasil precisa se preparar para o enfrentamento da Covid-19 a médio e longo prazo. Isso inclui “a continuidade do uso de máscaras e de certas medidas de distanciamento físico, frente à perspectiva de se conviver com a covid-19 como uma doença endêmica por um longo período”, dizem eles.