Os estudos já apontaram que as crianças podem contrair o vírus e desenvolver formas graves da doença, mas que esses casos são raros. Pesquisas recentes confirmam esses indícios e acrescentam ainda novos dados:
- crianças transmitem a doença menos do que adultos;
- escolas não são foco da transmissão;
- quando há surtos, é mais comum que o primeiro caso seja em um professor.
O portal G1 realizou uma busca por dezenas de artigos científicos e apresentou às seguintes conclusões:
- Crianças também podem transmitir a Covid, mas menos do que os adultos;
- Escolas não são principais focos de transmissão, mas há registros de surtos;
- Reabrir escolas requer cumprimento de medidas como ventilação, distanciamento e uso de máscaras;
- Escolas fechadas trazem prejuízos, mas professores temem risco com aulas presenciais sem vacina;
- Novas pesquisas sobre Covid em crianças alertam que uma síndrome pediátrica deve ser levada em consideração.
Crianças podem não ter um papel significativo na transmissão
Ainda no começo da pandemia de Covid-19, uma pesquisa ainda não revisada, feita por cientistas chineses e australianos, analisou outros estudos e concluiu que, de 31 focos de casos dentro de casas na Coreia do Sul, Japão e Irã, 3 tiveram o primeiro caso em uma criança. Eles concluíram que as crianças não tinham um papel substancial na transmissão do Sars-CoV-2 dentro de suas casas.
Uma pesquisa publicada no “British Medical Journal”, em agosto de 2020, acompanhou todos os primeiros casos pediátricos de Covid-19 na Coreia do Sul, registrados entre 20 de janeiro e 6 de abril de 2020. Ao todo, foram identificados 107 casos em pessoas com 18 anos ou menos. O estudo acompanhou 248 pessoas que moravam na mesma casa do caso inicial.
Caso de transmissão em crianças e adolescentes
Os pesquisadores conseguiram identificar, contudo, uma situação em que o caso pediátrico inicial – de um adolescente de 16 anos – infectou um adulto. O adolescente ficou isolado no próprio quarto, em casa, mas dividiu a mesa ao fazer refeições com o adulto que acabou infectado. O tempo de exposição foi de 2 dias no período pré-sintomático e de 1 dia no período sintomático do caso inicial.
“Um caso pediátrico inicial pode expor membros da casa a um nível substancial de infecção durante a fase pré-sintomática”, apontaram os pesquisadores. Eles recomendaram o monitoramento e a avaliação do papel das crianças em transmitir a Covid dentro de casa e na comunidade.
Cuidados com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
Embora poucas crianças e adolescentes desenvolvam a Covid-19, se compararmos com o número de adultos infectados, essa faixa etária já demonstrou problemas. Em alguns casos, crianças e adolescentes apresentam uma série de problemas de saúde que, juntos, podem caracterizar uma nova doença potencialmente associada a covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
“Embora se caracterize por sintomas diversos, a síndrome está frequentemente associada à febre persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas e vômitos, entre outros. Em alguns casos, o paciente pode desenvolver também sintomas respiratórios e disfunção cardíaca. Além disso, há sempre uma marcante atividade anti-inflamatória do organismo.” Os primeiros casos da nova síndrome começaram a ser registrados na Europa em abril de 2020. Os relatos logo se multiplicaram, motivando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um alerta para chamar a atenção de pediatras de todo o mundo.
Embora o número de casos da síndrome seja pequeno, é preciso estar alerta, já que 87% das crianças internadas em UTIs testaram positivo para covid-19. Destas, 13% apresentaram um quadro clínico associado à síndrome.
Acho que a vscina tem q ser prioridade ,assim sendo estaria em todas os lugares ex : postos ,ruas ,carros ,escolas ,de casa em casa …e assim sussetivamente.