“Qual é o nome da sua avó paterna?” Essa simples pergunta foi o que salvou a administradora financeira Ad Andrade, de Teresina, de cair em um golpe no valor de quase R$ 3 mil, quando um criminoso se passou por seu filho de 23 anos e solicitou um Pix.
O golpista, incapaz de responder ao “quiz”, imediatamente levantou suspeitas na mente de Ad. Tudo começou quando ela recebeu uma mensagem no WhatsApp na terça-feira à tarde, supostamente de seu filho, informando que ele tinha um novo número de celular. A conta usava a foto de seu filho como perfil no aplicativo.
Ad, sem suspeitar de nada, adicionou o novo número à sua lista de contatos. No dia seguinte, pela manhã, ela recebeu outra mensagem, aparentemente do mesmo número, pedindo uma transferência via Pix no valor de R$ 2.980.
“Eles me enviaram uma mensagem de bom dia e, logo em seguida, solicitaram um Pix. Percebi que era estranho, pois não era o jeito como meu filho costuma falar comigo, mas ainda assim, considerei fazer a transferência”, disse Ad.
Quando o golpista enviou os detalhes para o Pix, que estava em nome de “Ana Paula”, e insistiu para que a transferência fosse feita imediatamente, Ad ficou alarmada com o valor e começou a desconfiar.
Desesperada para confirmar a situação, tentou ligar para seu filho, mas ele não atendeu. Em seguida, ligou para o novo número dos golpistas, mas a chamada foi recusada. Com sua suspeita aumentando, Ad tomou uma medida inteligente: fez uma pergunta pessoal que apenas seu filho ou um familiar saberia responder, “Qual é o nome da tua avó paterna?”.
O golpista, incapaz de responder, tentou desviar da pergunta com outra pergunta: “Está desconfiando de mim?”. Nesse momento, Ad Andrade imediatamente percebeu que estava prestes a ser vítima de um golpe e decidiu não realizar a transferência.
“Quando percebeu que eu não cairia no golpe, o criminoso interrompeu a conversa comigo e apagou rapidamente as mensagens com os detalhes do Pix”.
Antes disso, Ad e seus filhos já haviam discutido como se proteger contra esse tipo de golpe cada vez mais comum e tinham um acordo: caso alguém precisasse de uma transferência via Pix, deveria ligar em vez de enviar mensagens.
“Desde que esses golpes começaram a ocorrer, eu e meus três filhos sempre conversamos sobre o assunto e definimos uma política de segurança. Acordamos que, se alguém precisar de um Pix, deverá ligar em vez de solicitar por mensagem.
Temos um grupo familiar onde compartilhamos informações e dicas de segurança. Até o momento, nenhum de nós caiu nesse tipo de golpe e perdeu dinheiro”.
O golpe envolvendo a criação de um novo número de telefone ou perfil falso é uma tática amplamente utilizada por criminosos. Nesse tipo de fraude, o infrator cria um perfil em um aplicativo de mensagens utilizando fotos obtidas de redes sociais e inicia conversas com parentes e amigos, fazendo-se passar pelo usuário legítimo.
Eles fingem ter trocado de número e solicitam que os contatos excluam o antigo. Em seguida, começam a pedir dinheiro, apresentando desculpas para justificar as transferências.
Muitas vezes, as pessoas abordadas cedem ao pedido de ajuda, realizando transferências ou pagando contas falsas. Os golpistas frequentemente utilizam a estratégia de afirmar que estão em um local com conexão ruim, com o objetivo de deixar a pessoa que recebe a mensagem mais assustada e, assim, induzi-la a transferir os valores sem pensar muito.
Para se proteger contra esse tipo de golpe, é importante adotar as seguintes medidas:
Adotando essas precauções, você pode reduzir significativamente o risco de se tornar vítima desse tipo de golpe.
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