A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que a vacina feita pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca seja distribuída em adultos de todas as idades, inclusive em idosos. Diante disso, surgiu a possibilidade da vacina ser distribuída através da Covax, uma coalizão que reúne 165 nações apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), buscando fornecer a vacina para países mais pobres, inclusive para o Brasil.
Países da Europa decidem não usar a vacina de Oxford em idosos
O posicionamento da OMS, contudo, ficou na contramão de indicações recentes feitas por países da Europa, como Áustria e Alemanha, que decidiram por não usar a vacina de Oxford em idosos. De acordo com os países, essa medida se dá por não haverem estudos conclusivos sobre a eficácia do imunizante para pessoas com mais de 65 anos.
O que a OMS diz sobre isso
O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (Sage, na sigla em inglês) da OMS diz que é indicada a aplicação da vacina de Oxford para pessoas acima de 18 anos, “sem um limite máximo de idade”. A decisão foi concluída mesmo com investigações sobre a eficácia da vacina em idosos ainda em andamento. Estudos clínicos apontam que a vacina de Oxford em idosos e em qualquer pessoa com mais de 18 anos possui 82% de eficácia após a segunda dose.
Alejandro Cravioto, presidente do comitê de especialistas da OMS, declarou que a urgência criada pela pandemia é muito grande para esperar por todos os resultados conclusivos. A prioridade agora é impedir que pessoas desenvolvam a forma grave do coronavírus e morram. Ele explicou que a vacina de Oxford demonstrou ser capaz de fazer isso.
“Esperar várias semanas para ter mais informações e só então fazer uma recomendação, quando já temos dados suficientes não seria apropriado”, declarou Cravioto.
Vantagens conhecidas da vacina de Oxford
A vacina de Oxford é conhecida por ser barata para fabricar, pode ser produzida em massa e pode ser armazenada em um refrigerador comum, vantagens para imunização em muitos países. A OMS também recomendou a aplicação da vacina em países com variantes (como é o caso do Brasil), indicando que outras vacinas podem não ser eficazes.
Dados preliminares de testes da África do Sul, onde foi detectada uma das novas mutações, apontaram que a vacina de Oxford oferece uma “proteção mínima” contra casos leves e moderados em jovens. A diretora de imunização da OMS, Katherine O’Brien, relatou que o estudo sul-africano foi “inconclusivo” e que é “plausível” considerar que a vacina previne formas graves da covid-19. “Mesmo que a eficácia caia para um índice tão baixo quanto 10%, ainda a coisa certa a fazer é imunizar os idosos por causa do maior risco de ter uma forma grave da doença e de mortalidade nessa faixa etária”, disse O’Brien.
Porquê alguns países não recomendam a vacina de Oxford em idosos
Alemanha, Áustria, França, Itália e, mais recentemente, Portugal afirmaram que não indicam a aplicação do imunizante em pessoas com mais de 65 anos, justamente porque até o momento não se sabe sua eficácia nesta faixa etária.
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