O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta (07) que as vacinas contra Covid-19 disponíveis no Brasil são efetivas contra as variantes do coronavírus. A declaração foi dada no mesmo dia que o estado de São Paulo informou que avalia reduzir o intervalo entre doses dos imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer, para fortalecer o combate à variante Delta.
“As nossas vacinas protegem contra essas variantes [que estão circulando no Brasil]”, disse. “O esquema e o intervalo das vacinas foram decididos conforme a orientação dos produtores desses imunizantes”, completou o ministro.
Queiroga conversou com a imprensa em evento do Ministério da Saúde para incentivar a vacinação contra a Covid-19. Na ocasião, ele foi perguntado sobre o primeiro caso de infecção pela variante Delta detectado na capital paulista.
“Ontem, eu estive com o secretário de Saúde do município de São Paulo, Edson Aparecido, e ele me informou acerca desse caso, que está devidamente isolado”, relatou o ministro.
“A conduta em relação às variantes é uma só. Tanto faz a variante gama, como a delta, como a possibilidade da variante lambda: é por isso que o Ministério da Saúde, através da vigilância genômica, faz esse acompanhamento permanente.”
Variante lambda do coronavírus
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a lambda é considerada uma “variante de interesse”, o que na prática significa que os países devem ficar em alerta sobre a presença da cepa em seus territórios. A variante foi identificada pela primeira vez na América do Sul.
Ainda não existem estudos que apontem que a variante lambda do coronavírus seja mais transmissível, mas o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 na América do Sul e o aumento de casos no continente preocupam as autoridades de saúde. A variante lambda já foi detectada no Brasil, onde foi responsável por pelo menos três casos confirmados e uma morte.
Na Argentina, a variante lambda já corresponde a 37% dos novos casos de Covid-19 registrados no país, enquanto no Chile o percentual é de 32%.