Rio de Janeiro, um estado que estava marcado por uma das piores estatísticas do Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, com grande alta de mortalidade e superlotação de hospitais. Agora, o Rio vive um momento de respiro no avanço da doença. As internações por Covid-19 caíram. Assim, a situação mostra um freio em casos de contaminação moderados e graves, que fazem forte pressão sobre as redes públicas e privadas de saúde.
Contaminações originadas no fim de ano e preocupação com o feriado de carnaval
Na última semana, os pedidos para internar pacientes com sintomas ou com a doença confirmada diminuíram 44% no estado, em relação ao início do ano. Especialistas ainda não conseguiram descobrir o motivo da redução, contudo, depois de um fim de ano tenso com aglomerações em festas de réveillon. Mas, o atual cenário da doença pode ser positivo se a população passar feriadão do carnaval sem desrespeitar as regras sanitárias. É provável que as contaminações originadas nas festas de fim de ano já estejam desaparecendo, por isso é tão importante que a população siga as regras no feriado de carnaval.
Filas de hospitais zeradas no Rio de Janeiro
O quadro atual se difere muito do mês de maio, por exemplo. No pico da Covid-19, 1.283 pessoas esperavam uma vaga em hospital no Rio de Janeiro. Depois de ser zerada, a fila voltou a preocupar em novembro, e nesta segunda-feira oito pacientes aguardavam — seis deles precisavam de UTI. Finalmente, a capital, depois de mais de um mês sem vagas, não tem filas há duas semanas.
Melhora na qualidade de trabalho nas unidades de saúde do Rio
Essa curva, contudo, possui um impacto na qualidade do trabalho dentro de unidades de saúde e de hospitais, que recebem os casos mais complicados. No estado do Rio, a taxa atual de ocupação de enfermaria é de 43,3%, e, nas UTIs, que estavam à beira do esgotamento, de 58,7%. Nas enfermarias da capital o índice é de 52% e, nas UTIs, 66%.