Nesta quinta-feira (11), em visita ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado cobrou uma punição ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por espalhar fake news durante a pandemia. No relatório final da CPI, é pedido o indiciamento de Carlos por “incitação ao crime”.
A cúpula da CPI, formada pelos senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente, e Humberto Costa (PT-PE), se reuniu com o procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos.
Outro alvo da CPI na visita ao MP-RJ foi o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os senadores querem que o Ministério Público dê seguimento às investigações contra o político aliado de Bolsonaro.
Denúncias da CPI da Covid contra Carlos Bolsonaro serão encaminhadas a uma promotoria criminal
O chefe do MP-RJ disse aos senadores que as denúncias feitas no relatório da CPI da Covid serão encaminhadas para uma promotoria criminal, que seguirá com as investigações e decidirá se cabe a denúncia contra Carlos Bolsonaro e Roberto Jefferson.
“Infelizmente ainda está solto”, diz Aziz sobre Carlos, com quem já discutiu publicamente em algumas ocasiões. De acordo com o presidente da CPI da Covid, o vereador é responsável por espalhar notícias falsas durante a pandemia, induzindo a população a tomar medicamentos sem eficácia e atacando as vacinas comprovadamente eficazes no combate ao novo coronavírus.
“Estamos atrás de Justiça. O que o vereador Carlos Bolsonaro fez é crime”, criticou Aziz. “Induzir as pessoas a tomarem remédio, ser o grande capitaneador do Gabinete do Ódio. Infelizmente um cidadão desses está solto ainda.”, afirmou Aziz. “O MP já tinha que estar agindo há muito tempo”, completou.
Depois da visita ao MP, os senadores da CPI da Covid foram para a Procuradoria da República no Rio de Janeiro, onde devem se reunir com membros do Ministério Público Federal (MPF) para tratar sobre as suspeitas de corrupção nos hospitais federais do Rio.