‘Ninguém é obrigado a concordar’, diz Lula ao voltar a defender Nicolás Maduro

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, voltou a defender, nesta terça-feira (30), o chefe do Executivo da Venezuela, o ditador Nicolás Maduro. Na ocasião, logo após ter saído de uma reunião com presidentes sul-americanos, o petista disse que “ninguém é obrigado a concordar com ninguém”.

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Na segunda, assim como publicou o Brasil123, Lula conversou com Nicolas Maduro e, após o encontro, disse que o político é alvo de “narrativas”, em referência às afirmações de que o país é uma ditadura. Essa posição vai contra o que afirmam ONGs e organismos internacionais.

Dados da Anistia Internacional e das Nações Unidas, reiteradamente dizem que o governo venezuelano viola os direitos humanos e é suspeito de crimes contra a humanidade. Conforme essas entidades, não são raras as agressões a ativistas de direitos humanos, jornalistas e líderes indígenas. Nesse sentido, hoje, estima-se que existam pelo menos 300 presos políticos no país que, ao mesmo tempo, enfrenta elevados índice de inflação, pobreza e desemprego.

Nesta terça, os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Chile, Gabriel Boric, disseram que discordam da visão de Lula de que se trata de “narrativas”, e não da realidade. “O Maduro faz parte deste continente nosso. Houve muito respeito com a participação do Maduro. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém. É assim que a gente vai fazendo“, disse Lula.

Questionado sobre a discordância de outros presidentes, Lula disse que os chefes de Estados reunidos em Brasília não precisam necessariamente formar o “grupo dos amigos”. “O fato de ter dois presidentes que não concordaram, não sei em que jornal eles leram. Eu disse que aqui não foi convocado reunião de amigos do Lula. Foi convocado uma reunião de presidentes para construir um órgão dos países”, disse o presidente.

Por fim, Lula ainda ressaltou que sempre defendeu a ideia de que cada país é soberano para decidir modelo político, coisas internas. “A mesma exigência que o mundo faz para a Venezuela, não faz para a Arábia Saudita. É muito estranho. Eu quero que a Venezuela seja respeitada. Quero isso para o Brasil e o mundo inteiro“, completou o presidente.

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Alisson Ficher

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