O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que as escolas paulistas não exigirão apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19 para liberar a entrada de alunos na volta às aulas presenciais. De acordo com o médico infectologista, como os profissionais e servidores da educação já foram imunizados, em tese, as escolas são ambientes mais seguros.
“Nós não condicionamos a volta às aulas ao processo vacinal [contra a covid-19], até porque todos os professores, toda a parte burocrática, que cuida da parte administrativa das escolas, está devidamente imunizada”, explicou Gorinchteyn em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (13).
“As escolas são cenários de proteção, já que têm distanciamento, distribuição de álcool em gel, obrigatoriedade de uso de máscara e inibição do acesso de qualquer criança ou servidor que apresente mínimos sintomas de resfriado ou covid. A vacinação é um dado a mais [de proteção], um dado adicional”, acrescentou o secretário de Saúde.
Assim como ocorre em São Paulo, ontem (13), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse que a capital fluminense não exigirá o comprovante de vacinação para crianças nas escolas.
Vacinação infantil em São Paulo priorizará crianças com comorbidades
Gorinchteyn também informou que a prioridade da vacinação infantil no estado de São Paulo é para crianças com comorbidades, seguindo recomendação do Ministério da Saúde, pois elas apresentam maior risco de desenvolver “formas graves e fatais” da Covid-19.
“Um questionamento feito pelo Instituto Seade, a pedido do governo de São Paulo, sobre a adesão dos pais para a vacinação de seus filhos mostrou que nós temos 86% na Grande São Paulo e 84% no estado de São Paulo de pessoas que vão vacinar seus filhos. [A expectativa é de] Uma adesão bastante significativa”, afirmou Gorintchteyn.
Na capital paulista, a vacinação de crianças contra Covid-19 está marcada para começar na segunda-feira (17), segundo anúncio do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Serão usadas as doses pediátricas da vacina da Pfizer, única aprovada para uso infantil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que chegaram ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).