Negociações entre Rússia e Ucrânia não avançam e petróleo dispara

Os preços do petróleo voltaram a fechar a sessão em forte alta. Nesta quinta-feira (17), notícias vindas do leste europeu impulsionaram a commodity. Nos últimos pregões, os preços do petróleo despencaram devido ao temor de redução da demanda.

Além disso, o “Financial Times” havia revelado na véspera que a Ucrânia e a Rússia estavam próximas de um acordo de paz. Contudo, ambos os países negaram que estão se aproximando de algum acordo.

Com o aumento da tensão global, o barril Brent, que é a referência mundial, acabou disparando 8,28% no pregão de hoje. Com isso, o preço do barril saltou para US$ 103,56 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.

Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 8,61% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 101,65 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Ambas as referências aumentaram sua valorização na parcial de 2022, e agora superam os 35% de ganhos. Embora o valor seja bastante expressivo, está bem abaixo da valorização registrada há pouco mais de uma semana, de mais de 60%. À época, o petróleo havia atingido as máximas de 14 anos.

No ano passado, o Brent e o WTI também tiveram um desempenho muito firme, acumulando ganhos superiores a 50%. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.

Veja mais detalhes da disparada do petróleo

Nas últimas sessões, os investidores também se mostraram bastante preocupados com os novos lockdowns adotados pela China. Em resumo, o país vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária, ou seja, todos os surtos de Covid-19 vêm sendo combatidos com o confinamento da população.

Nesta semana, o país asiático confinou mais de 30 milhões de pessoas. Isso fez o mercado ficar temeroso em relação ao nível de atividade econômica do país e à redução da demanda por petróleo, o que fez os preços da commodity cair nos últimos pregões. Contudo, isso ficou de lado nesta quinta e as preocupações vindas do leste europeu pesaram mais na sessão.

Por falar nisso, a guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 22º dia. Os países continuam se atacando e não há expectativas para o fim dos conflitos no curto prazo. Em outras palavras, os recentes recuos dos preços do petróleo podem ter sido apenas uma correção dos últimos ganhos. Resta esperar pelas próximas sessões para saber se foi isso mesmo.

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