O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (06) que o estado passa por uma segunda onda da Covid-19 e que o ano de 2021 será mais desafiador do que a gestão esperava. “Tenho que fazer um alerta e um apelo. Alerta é a circunstância de segunda onda da Covid-19, que chegou ao Brasil e ao mundo. Não tínhamos essa expectativa até outubro, mas São Paulo, Brasil e 215 países lamentavelmente estão vivendo a segunda onda deste vírus”, disse.
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De acordo com Doria, a segunda onda do vírus exige cuidado, zelo, disciplina, perseverança e coragem para fazer o que precisa ser feito para defender vidas. “O fácil é não fazer. O fácil é deixar de agir. O difícil, na pandemia, é ter atitude, fazer, defender e proteger vidas”, declarou Doria, em reunião de prefeitos paulistas.
Além disso, o governador também comentou os dados nacionais da Covid-19. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde em seu boletim mais recente, divulgado na noite de terça-feira (05), a média móvel de mortes pela doença nos últimos sete dias é de 722.
“700 pessoas perdem a morte por Covid-19 todo dia no Brasil. São quatro aviões lotados todos os dias. Isso não é banal. É triste, trágico. Em São Paulo perdemos 100 vidas em um único dia. Isso não deve passar pela nossa visão, pela nossa leitura, imaginando que faz parte do cotidiano”, afirmou.
De acordo com os dados do governo, o estado de São Paulo tem 1.486.551 casos confirmados e 47.222 mortes. Na capital paulista, de acordo com a Prefeitura, são 492.078 casos e 15.812 óbitos. Os dados foram atualizados na terça (05).
Nova mutação da Covid-19
Na última sexta-feira (01), São Paulo registrou pela primeira vez a nova mutação da Covid-19, que surgiu no Reino Unido. Os infectados são uma mulher de 25 anos, que teve contato com viajantes que passaram pelo território britânico, e um homem de 34 anos, ligado à primeira paciente.
Chamada de B.1.1.7, a mutação já foi registrada em pelo menos outros 17 países. Até o momento, não há evidências de que a variante provoque casos mais graves ou com maior índice de mortes, nem mesmo que seja resistente às vacinas.