Maria Rita homenageou a mãe, Elis Regina, nesta quarta-feira (19). Há exatos 40 anos, a eterna Pimentinha morreu, deixando um legado imensurável para a música brasileira. Infelizmente para Maria, ela se lembra de poucos detalhes da própria matriarca.
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Em entrevista para o jornal O Globo, a artista desabafou sobre a relação conturbada com Elis: “Não me oponho a falar da minha mãe. Mas, para responder se as comparações me incomodam, estou cansada. Não vejo mais por que ficar nessa conversa. Tenho 20 anos de carreira, oito Grammys Latinos, minha carreira está sólida, tenho muita coisa para fazer”.
“Não me lembro da voz, do cheiro, do toque, de nada. A terapeuta que me atendia em São Paulo (a cantora está morando no Rio) acha que pode ter a ver com o trauma: ‘Sua mãe botou você para dormir e, quando acordou, você não tinha mãe. Isso não é coisinha pouca. E não importa se é Elis Regina ou não.’ É um rompimento muito violento, muito agressivo”, garante Maria, que tinha apenas quatro anos quando a mãe faleceu.
Maria fala sobre o uso de drogas da mãe
Na longa entrevista com o jornal O Globo, Maria relembra a luta da mãe contra o álcool e as drogas e, no final da vida, com a cocaína. Quando mais jovem, ela tinha medo de recair nos mesmos padrões de Elis: “A gente busca não julgar o outro. Mais velha, vivendo a minha vida, nesse meio da música, casada, dois filhos, com todos os desafios da vida adulta de uma mulher numa sociedade machista, eu entendi. Entendi a fuga, entendi a busca, entendi a insegurança”.
Maria diz que sente pavor de drogas e só bebe socialmente. Para ela, a mãe teve grandes dificuldades ao ser taxada como ‘difícil’: ” Era um ser humano que tinha suas falhas, com um senso de humor ácido, personalidade difícil. Mas muito do que as pessoas veem tem relação com a força da mulher, a intensidade. A mulher é sempre a louca, a difícil”.
A cantora é mãe de Alice, de 9 anos, e Antonio, de 18.
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