Na praia, vereadores do Paraná votam aumento de seus salários

Um caso inusitado foi registrado, nesta sexta-feira (20), na Câmara Municipal de Jataizinho, no interior do Paraná. Por lá, dois vereadores votaram o aumento de seus próprios salários de forma remota, enquanto estavam em uma praia.

Antonio Brandão (PDT) e Bruno Barbosa (Cidadania) aparecem no vídeo sentados embaixo de um guarda-sol. Ambos foram a favor do reajuste de 5,93% do salário dos vereadores, de servidores efetivos e comissionados da prefeitura e da Câmara, e do prefeito, vice-prefeito e secretários da cidade.

De acordo com informações do jornal “O Estado de São Paulo”, o diretor da Câmara Municipal de Jataizinho, Sandro Fidelis, afirmou que as atividades legislativas estão em recesso e a votação ocorreu de forma extraordinária. Ainda conforme ele, a participação de sessões de forma online, como foi o caso dos vereadores, está sendo permitida desde 2020 em decorrência da pandemia da Covid-19.

A sessão em questão foi dividida em duas reuniões extraordinárias. Na primeira, os vereadores votaram a favor de quatro projetos que permitem o reajuste salarial e ainda definem a remuneração dos vereadores em R$ 5.470,28. No vídeo, os parlamentarem chegam a interagir com pessoas na praia enquanto Antonio Brandão bebe algo em um copo térmico.

Já na segunda reunião, Antonio Brandão pede vista nos quatro projetos, isto é, mais tempo para analisá-lo, pois, de acordo com o vereador, as comissões responsáveis por analisar as matérias não distribuíram os pareceres aos demais vereadores. O pedido do parlamentar foi negado pelos colegas, acarretando um pedido de impugnação da reunião.

Como o pedido de impugnação também foi negado, a votação seguiu normalmente e os dois vereadores que estavam na praia votaram favoravelmente ao tema analisado. Enquanto a reunião acontecia, foi possível ver outras pessoas na praia e ainda ouvir Antonio Brandão questionando se o encontro iria “demorar para acabar”.

Leia também: Lula se encontra com generais e diz que culpados por destruição em Brasília ‘pagarão’