A Justiça de Alagoas condenou nesta quinta-feira (16), após mais de 12 horas de julgamento, Cléa Fernanda Máximo da Silva, acusada pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver. A mulher, segundo as investigações, matou o namorado italiano Carlo Cicchelli, de 48 anos, em setembro de 2018, durante um ritual de magia.
O juiz Filipe Ferreira Munguba negou o direito de a ré responder em liberdade e, por isso, a mulher terá que cumprir 20 anos de pena em regime fechado por um crime que ela confessou ter cometido após mais de um mês do assassinato.
Segundo as informações, durante o julgamento, realizado em Maceió, capital de Alagoas, foram ouvidas três testemunhas de acusação. Dentre essas pessoas estavam Antônio Emílio Cicchelli, irmão da vítima. Também estiveram no local três indivíduos da defesa da mulher.
De acordo com o promotor Dênis Guimarães, desde o início o Ministério Público (MP) esperava a condenação, mesmo com o conselho de sentença sendo composto apenas por mulheres.
“Não estava ali acusando uma mulher, mas uma assassina que friamente planejou um crime, atraiu a vítima, depois escondeu o cadáver e conseguia ter, para todos, uma vida normal convivendo por 30 dias com um corpo em estado avançado de decomposição em casa”, começou o promotor.
“Mais que isso, tentou extorquir os familiares do senhor Cicchelli, prova mais do que nítida de que era ambiciosa e tinha a pretensão de lucrar com o relacionamento. Cumprimos o nosso dever de promover justiça e ela foi feita”, disse Dênis Guimarães.
O crime contra o namorado italiano
De acordo com a mulher, a morte do namorado aconteceu durante um ritual de magia que ela foi obrigada a participar. A vítima foi encontrada na casa onde o casal morava, já em avançado estado de decomposição.
Segundo a mulher, para que os vizinhos não percebessem o cheiro forte por conta do corpo em estado de decomposição, ela resolveu usar substâncias, que bloquearam o cheiro da vítima.
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