MPT quer que presidente da Fundação Palmares seja afastado

O Ministério Público do Trabalho (MPT) quer que o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, seja afastado do cargo por conta das acusações de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica aos funcionários da instituição. Além do afastamento, o órgão também solicitou que ele seja condenado a pagar uma indenização de R$ 200 mil por danos morais.

Segundo uma matéria divulgada no domingo (29) pelo “Fantástico”, da TV Globo, 16 servidores e ex-funcionários da instituição estão entre as supostas vítimas do presidente da Fundação. Na reportagem, elas revelaram que sofreram ataques racistas vindos de Sérgio Camargo.

De acordo com a denúncia, o presidente da fundação, que é negro, discriminava os servidores por seus cabelos e ainda dava a seguinte ordem: “máquina zero obrigatória para a negrada”.

Sérgio Camargo é acusado de assédio moral, discriminação e perseguição ideológica aos funcionários da Fundação Palmares. (Foto: reprodução)

Caça aos esquerdistas

Ainda na matéria do “Fantástico”, vítimas do presidente da fundação revelaram que ele promoveu uma espécie de “caça aos esquerdistas”. Esse movimento, segundo as informações, tinha o intuito de perseguir pessoas por conta de suas ideologias políticas e culminou em episódios de humilhações e demissões.

Sérgio Camargo, aliado do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), ainda tinha o hábito de chamar de “direita-bundão” um ex-diretor da fundação porque ele não demitia as pessoas consideradas de esquerda.

Sérgio Camargo foi às redes sociais

No sábado (27), Sérgio Camargo usou suas redes sociais para afirmar que o “Fantástico” publicaria uma reportagem com o intuito de atacá-lo. “Todas as perguntas que encaminhou à chefe de Comunicação da Palmares são caluniosas e difamatórias”, escreveu ele, que também disse ter “orgulho do cabelo negro”, negando assim ter desqualificado a aparência de seus servidores.

A versão do presidente da Fundação dos Palmeiras, todavia, não vai ao encontro da denúncia do MPT, que revela que suas atitudes eram tão prejudiciais que existem “relatos de trabalhadores que desenvolveram síndrome de pânico, que tinham ansiedade, que pediram para sair da Fundação, servidores concursados, em função do clima degradado e em função da discriminação praticada” pelo suspeito.

Leia também: Preso, morto ou vitorioso. Esse é o futuro de Bolsonaro, segundo ele mesmo

Amanda B

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