O Ministério Público (MP) de Minas Gerais deflagrou, nesta terça-feira (22), uma operação que culminou no resgate de 30 cães que estavam sendo mantidos em cativeiro para que fosse possível explorá-los com um intuito: produzir e vender bolsas de sangue para clínicas veterinárias. Além da captura dos animais, duas pessoas acabaram sendo presas em flagrante durante a ação.
Em nota, o MP revelou que a operação, intitulada “Sanguessuga” foi deflagrada após a Justiça de Minas Gerais ter expedido seis mandados de busca e apreensão. Essas ordens foram cumpridas no município da Região Metropolitana e também em Belo Horizonte, capital do estado.
“As investigações realizadas pelo Ministério Público identificaram que pelo menos 30 cães eram explorados para a produção de sangue. Em decorrência desses fatos, duas pessoas foram presas em flagrante”, detalhou o órgão, destacando que, dentre os animais recuperados, cinco deles apresentavam, situação de maus-tratos.
De acordo com o Ministério Público, as bolsas de sangue retiradas dos animais eram comercializadas a preços que podem superar R$ 1 mil. “Há indícios de que o produto não atende padrões específicos de qualidade, com redução de seu valor terapêutico”, informou o órgão.
Após terem sido apreendidos, os cães foram levados para a Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte, e receberam um atendimento veterinário. Hoje, levando em conta a Lei de Crimes Ambientais, pessoas que maltratam cães e gatos podem ser condenados de dois a cinco anos de prisão, além de terem de pagar uma multa e perder a guarda dos animais.
No comunicado explicando sobre a ação, o MP ainda relatou que também apura a possível caracterização de crimes como “falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais” e associação criminosa e contravenção penal com base em um decreto que trata sobre “exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício”.
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