MP avança na análise da chacina em Jacarezinho, no Rio

O Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro revelou nesta sexta-feira (06) que avançou nas investigações sobre a operação da Polícia Civil no Jacarezinho, na Zona Norte da capital carioca. Na ação, a mais letal da história do estado, 28 pessoas foram mortas.

De acordo com o MP, o órgão trabalha em investigações de cenários com poucos mortos em ambientes fechados durante a ação. Nesse sentido, segundo informações publicadas pelo portal “G1”, a expectativa é que as investigações sejam concluídas gradativamente, levando em conta os cenários de onde as mortes foram registradas.

Assim como publicou o Brasil123, a operação da Polícia Civil aconteceu no dia 06 de maio, ou seja, há exatamente três meses. Atualmente, a força-tarefa do MP aguarda o resultado de perícias independentes pedidas fora do âmbito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Segundo o MP, os investigadores estão dedicando um cuidado especial com relação às declarações e reconhecimentos de policiais feitos por parentes das vítimas e também por testemunhas que estiveram presentes na operação da Polícia Civil.

Além disso, promotores do MP solicitaram que fotos e vídeos, muitos postados nas redes sociais, fossem juntados ao processo a fim de se apurar se houve ou não abusos de autoridade. Não suficiente, foi pedido também as imagens aéreas que foram feitas durante a operação.

Investigação do MP pode estar perto do fim

A expectativa é que a investigação da força-tarefa termine no próximo mês, visto que o cronograma previu que as diligências seriam feitas em quatro meses, visando esclarecer, além das mortes dos suspeitos:

  • A execução do policial André Frias e tentativa de homicídio contra outros agentes;
  • Duas tentativas de homicídio a passageiros do metrô;
  • Uma eventual fraude processual na remoção de cadáveres.

Polícia nega execuções

Desde que deflagrada a operação, a Polícia Civil vem negando que tenha acontecido execuções. No entanto, a mesma corporação decidiu aplicar um sigilo de cinco anos sobre os documentos da operação.

Em entrevista ao programa “RJ1”, da “Rede Globo”, Allan Turnowski, secretário de Polícia Civil, afirmou que, apesar do sigilo, a contribuição por parte da polícia vai acontecer.

“A transparência vai ser absoluta. O que a gente não pode é concluir antes de investigar. A investigação que vai levar a dizer ou não se houve execução. A investigação vai dizer se houve eventual massacre e chacina como foi dito”, afirmou ele.

Mulher em coma há 21 anos não é bebê mineira desaparecida desde 1976

Amanda B

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