Mourão diz que troca na Petrobras feita por Bolsonaro ‘não vai mudar nada’

Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente da república, disse que não acredita que as alterações no comando da Petrobras irão surtir efeitos. A declaração, feita nesta quarta-feira (30), aconteceu no momento em que ele comentava a decisão do governo de Jair Bolsonaro (PL) de tirar do comando da estatal o general Joaquim Silva e Luna, que será substituído pelo economista Adriano Pires.

Mourão diz que preço da gasolina não voltará aos R$ 4

Assim como publicou o Brasil123, a mudança, revelada na segunda-feira (28), ainda precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos acionistas da Petrobras. O encontro está previsto para ser realizado no próximo dia 13 – até lá, Silva e Lula continuará no cargo, a menos que deseje sair antes do posto.

Jair Bolsonaro resolveu demitir Silva e Lula após as seguidas altas dos combustíveis. A decisão aconteceu por conta da pressão em cima do governo. Nas últimas semanas, Bolsonaro afirmou que era contra a política da estatal para os preços dos combustíveis, que leva em conta o valor do barril do petróleo no mercado internacional e a variação do dólar, mas que nada podia fazer sobre o tema.

Esse aumento nos preços ocorreu por conta da guerra na Ucrânia, país do leste europeu invadido pela Rússia. Em dado momento, o preço do petróleo ultrapassou a barreira dos U$ 100, registrando números que não eram vistos desde 2008.

Nesta quarta, Mourão afirmou que esteve junto com Silva e Luna e, após conversar com o atual chefe da estatal, constatou que não haverá mudanças drásticas na companhia, que é uma empresa com ação em bolsa e regras de governança que devem ser respeitadas. “Esse novo presidente da Petrobras aí que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo o que ele escreve, vai continuar tudo como antes no quartel de Abrantes. Não vai mudar, né”, afirmou o vice-presidente.

Ainda conforme o Mourão, Silva e Luna explicou a ele que a Petrobras não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e “menos ainda” política partidária, dizendo que atitudes que vinculem a companhia à atos políticos podem “arranhar a reputação da empresa”.

Leia também: Quem é Adriano Pires, futuro presidente da Petrobras

Alisson Ficher

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