Motoristas da Uber e da 99 terão reajustes nos ganhos por conta da alta no combustível

As empresas de aplicativos de transportes Uber e 99 revelaram, na sexta-feira (10), que aumentaram os valores repassados aos motoristas pelas corridas que eles fazem. O reajuste foi anunciado após milhares de condutores terem reclamado que trabalhar nas plataformas já não estava mais sendo lucrativo por conta do cenário de alta dos combustíveis em todo o país.

Em nota, a Uber revelou que, apesar do reajuste, não haverá aumento para o passageiro, diferentemente da 99, que anunciou que as tarifas poderão ficar até 25% mais caras.

Segundo a Uber, durante a semana, na região metropolitana de São Paulo, motoristas que estavam trabalhando na UberX, que é a modalidade mais popular, tiveram seus reajustes de ganhos em até 35%.

Conforme aponta a Uber, a revisão acontece por conta da alta do preço do combustível, pois tal fato tem obrigado que a empresa reveja “os ganhos dos motoristas parceiros em diversas cidades, em todas as modalidades”.

Aumento para os passageiros

A Uber disse que não aumentará o valor para os passageiros, diferentemente da 99, que informou que suas tarifas estão de 10% a 25% mais caras em mais de 20 regiões metropolitanas como São Paulo, Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza, Salvador, São Luís, João Pessoa e Maceió.

“Os constantes reajustes dos combustíveis impactaram muito negativamente os serviços de transporte por aplicativo”, disse a 99 em nota.

“O aumento foi pensado para manter o equilíbrio da plataforma e para possibilitar que a população continue tendo acesso a um meio de transporte financeiramente viável, seguro e eficiente”, acrescentou a empresa, que finaliza informando que o reajuste será repassado integralmente aos condutores.

Motorista saindo dos aplicativos

De acordo com o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo, Eduardo Lima de Souza, o aumento vem em boa hora.

Isso porque, de acordo com ele, 25% dos motoristas de aplicativo já deixaram de trabalhar para as plataformas desde o início da pandemia.

Tal fato aconteceu e vem acontecendo porque os trabalhadores das duas plataformas vinham se queixando que, devido à alta do combustível, o negócio havia deixado de ser lucrativo.

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