Moro é aconselhado a retomar planos para disputa presidencial de 2022

O ex-ministro Sergio Moro ficou distante de uma eventual disputa pela presidência da república depois que assumiu, em dezembro do ano passado, um posto de sócio-diretor da consultoria americana Alvarez & Marsal, que tem entre seus clientes empresas investigadas pela Lava Jato, operação que teve Moro como o principal nome.

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No entanto, de acordo com informações do jornalista Josias de Souza, do “UOL”, Moro tem sido aconselhado por amigos a retomar o projeto político. Segundo o jornalista, mesmo que não admita a candidatura ao público, no privado, Moro não descarta a hipótese de concorrer ao posto.

Na avaliação dos amigos, que começa a ser absorvida por Moro, a provável lavagem da ficha suja de Lula, que pode acontecer se o Supremo Tribunal Federal (STF) disser que o julgamento que condenou o ex-presidente é inválido, pode ser um perigo para ele. Sendo assim, a candidatura presidencial de Moro seria uma espécie de autodefesa.

De acordo com Josias de Souza, para amigos, Moro revela-se incomodado com o que chama de “criminalização” da Lava Jato. “Os amigos do ex-ministro da justiça receiam que, fora do ringue eleitoral, o autor da sentença que proporcionou a Lula uma temporada na cadeia será moído durante a campanha. Candidatando-se, Moro reivindicaria a paternidade da causa anticorrupção, que ficou órfã”, acrescenta o jornalista.

“De repente, bater em Moro ficou fácil como amassar uma carta que já saiu do baralho”, opina o articulista. De acordo com ele, ministros do STF dão a entender que a anulação da sentença do triplex será seguida de uma tentativa de rever o veredicto do sítio de Atibaia, com pedido de liminar para devolver a foto de Lula à urna eletrônica.

Com a decisão, afirma o jornalista, os ministros “correm o risco” de devolver à disputa presidencial não uma, mas duas cartas: Lula e Moro. “A julgar pelas pesquisas, o eventual retorno do ex-juiz ao jogo fazendo pose de vítima de um complô anti-Lava Jato teria potencial para, no mínimo, embaralhar a polarização tão desejada por Lula e Bolsonaro”, finaliza o jornalista.

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