Monitor do PIB brasileiro cresce 0,6% em julho, aponta FGV

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta sexta-feira (17) os dados mais recentes de seu Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,6% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior.

Além disso, a FGV divulgou outras informações. A saber, o Monitor do PIB cresceu 6,6% em relação a julho de 2020 e saltou 9,6% na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano passado.

Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19 em março do ano passado. Nos primeiros meses da crise sanitária, houve um baque muito forte, pois o mercado ainda não sabia como reagir à pandemia. As incertezas dominavam os mercados mundiais.

Por isso, a economia brasileira vem registrando fortes avanços desde abril, na comparação anual: abril (+12,3%), maio (+13,4%) e junho (12,1%). A expectativa é que o crescimento desacelere cada vez mais, como já foi visto em julho (+6,6%). Isso deve acontecer, porque os meses mais afetados foram os do segundo trimestre e porque a recuperação da economia brasileira perde fôlego a cada mês.

“Em julho, primeiro mês do terceiro trimestre, a taxa de crescimento contra ao igual mês do ano anterior tem decrescido fortemente desde abril, quando foi observado o fundo do poço da recessão. Essas taxas de crescimento deverão continuar decrescentes, tendo em vista que a economia melhorou a partir de maio de 2020”, explicou o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.

“Esses resultados estão influenciados pela recuperação de todas as atividades, exceto agropecuária, com destaque para o setor de outros serviços, em razão de maior percentual de pessoas vacinadas. O mesmo ocorre para os componentes da demanda, excetuando-se exportação, devido à forte desvalorização cambial”, explicou Considera.

Consumo das famílias dispara no trimestre móvel

Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias saltou 9,5% no trimestre móvel, quando comparado ao mesmo período de 2020. A propósito, este componente assumiu papel fundamental na recuperação da economia brasileira após a recessão de 2014-2016, e o tem feito igualmente em 2021.

O resultado mostra que, apesar da disseminação da pandemia da Covid-19 no país, o consumo das famílias avançou no período, puxado, principalmente, pelo setor de serviços, que disparou 10,3%. Já na comparação com o trimestre móvel anterior, o avanço foi bem menos expressivo, de 2,1%.

Por fim, vale ressaltar que a exportação cresceu 3,8% no trimestre graças ao componente de serviços, que cresceu pelo quarto mês seguido. Já a importação disparou 32,1% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020, impulsionada pelos bens intermediários, cuja taxa subiu 43%.

Leia Mais: Setor de cartões deve crescer 20% em 2022, estima Abecs

Ruan Samarone

Recent Posts

Você usa bicarbonato de sódio errado? Veja o erro que pode custar caro!

Você já ouviu dizer que o bicarbonato de sódio é um santo remédio para plantas?…

6 horas ago

Confira o calendário do programa Mães de Pernambuco 2025

O programa Mães de Pernambuco 2025 já está movimentando as expectativas das mamães pernambucanas. Com…

1 dia ago

Pé-de-Meia Licenciaturas: o que você precisa saber sobre as regras de manutenção

O Pé-de-Meia Licenciaturas é uma das iniciativas mais aguardadas por estudantes que buscam formação superior…

2 dias ago

Bolsa Família e Auxílio Gás: veja as datas de pagamento do mês de agosto

Agosto chegou trazendo uma boa notícia para quem depende do Bolsa Família e do Auxílio Gás. Saber…

3 dias ago

PIS/PASEP: Pagamento final do abono salarial é realizado nesta semana – confira se você tem direito

Chegou o momento decisivo para milhares de trabalhadores brasileiros: o pagamento final do abono salarial…

1 semana ago

Descontos ilegais: INSS devolve R$ 1 bilhão a beneficiários afetados

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) surpreendeu milhares de pessoas ao anunciar a devolução…

1 semana ago