Ministro do TCU entra em licença médica após vazamento de áudio com teor golpista

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), entrou em licença médica depois do vazamento de um áudio feito por ele, enviado a amigos e considerado de teor golpista. De acordo com informações do portal “UOL” divulgadas nesta terça-feira (22), o ministro revelou para colegas que entrará de licença.

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Antes disso, ele havia divulgado uma nota dizendo que “lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos”. “Para que não pairem dúvidas, esclarece que repudia peremptoriamente manifestações de natureza antidemocrática e golpistas, e reitera sua defesa da legalidade e das Instituições republicanas”, afirmou ele no comunicado.

Áudio do ministro do TCU

A gravação de Augusto Nardes foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”. No áudio, compartilhado no WhatsApp, o ministro diz que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas”. Conforme o ministro, em questão de “dias no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso” deverá ocorrer o que ele classifica como um “desenlace bastante forte na nação, de consequências imprevisíveis”.

O ministro entrou em licença médica depois do vazamento de um áudio feito por ele, enviado a amigos e considerado de teor golpista. (Foto: reprodução)

Segundo a “Folha de S.Paulo”, a gravação vazada gerou um mal-estar interno no TCU e também em outros tribunais superiores. Parlamentares como a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), cobraram publicamente que o ministro desse explicações sobre sua fala.

O senador, inclusive, apresentou um requerimento no Senado pedindo a convocação de Augusto Nardes para que ele deponha nas comissões de Direitos Humanos e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor da Casa.

De acordo com Randolfe Rodrigues, “aparentemente, os discursos dessas autoridades encontram ouvidos e incentivam práticas reprimidas naqueles que não sabem viver em sociedade, uma vez que não conseguem respeitar os mínimos direitos dos seus semelhantes”.

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