Nesta sexta-feira, 6, o ministro da Saúde afirmou que uma equipe técnica da pasta tem estudado a possibilidade de retirar a exigência sobre o uso da máscara facial de proteção sobre a boca e o nariz. A medida já tem sido adotada por algumas cidades brasileiras, como em Duque de Caxias.
Em justificativa, Queiroga disse que deverá liberar a restrição quanto ao uso da máscara gradativamente e, somente ao ao livre a princípio. O ministro ainda mencionou a possibilidade de ampliar a flexibilização para eventos esportivos realizados em estádios de futebol, por exemplo. No entanto, ele ressalta a necessidade de estabelecer um limite de público.
“Essas questões estão sendo tratadas pela área técnica e, logo que tenhamos uma posição, nós vamos informar a população brasileira”, reforçou o ministro da Saúde.
A decisão de liberar o uso de máscara deve ser tomada com cuidado, pois ainda é alto o número de brasileiros que recusam se imunizar mesmo com o avanço da campanha de vacinação. E é justamente essas pessoas que podem colocar essa flexibilização em risco, bem como a saúde da população.
É importante ter em mente que a pandemia da Covid-19 no Brasil ainda não foi controlada ao ponto de conter os registros de novas contaminações, nem mesmo de combater as mortes pela doença. Por isso, a liberação do uso de máscara deve ser permitida apenas em espaços abertos, pois este ainda é o meio mais simples, eficaz e barato de se proteger contra o vírus.
A realidade é que o ministro da Saúde é contra o uso de máscara, pois acredita que o item é ineficaz, assim como as leis que regem a obrigatoriedade sobre o uso do equipamento de proteção individual (EPI). Queiroga já havia mencionado a intenção de retirar essa exigência no mês de agosto, mas Bolsonaro estava ainda mais adiantado ao se posicionar sobre o tema em junho.
Mesmo diante do desejo de promover tal liberação, o ministro não mencionou qual deveria ser a porcentagem da população com o esquema vacinal completo para permitir essa flexibilização, pelo menos, em ambientes abertos. A declaração do ministro foi feita durante uma coletiva de imprensa na qual se alterou para falar sobre o assunto e comparou o uso de máscara ao de camisinha.
“Preservativos diminuem doenças sexualmente transmissíveis. Vou fazer uma lei para obrigar as pessoas a usarem preservativo? Imagina!”, afirmou Queiroga
O mesmo posicionamento é defendido por um cardiologista que acredita que a população deveria se conscientizar. Para ele, o cuidado deve ser individual em benefício de todos e as leis que impõem tal obrigatoriedade são totalmente ineficazes.
Especialistas ainda lembraram sobre a pressa dos Estados Unidos da América (EUA), em abolir o uso de máscara para aqueles que tomaram as duas doses da vacina. A atitude resultou no salto de registros de Covid-19 causando arrependimento no governo norte-americano.