Ministério Público Eleitoral defende Bolsonaro inelegível

O Ministério Público Eleitoral defendeu nesta quinta-feira (13) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torne o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Hoje, tramita no TSE uma ação que pode tornar o ex-chefe do Executivo inelegível.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) em questão foi apresentada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), que questiona uma reunião convocada por Bolsonaro, em julho de 2022, onde o agora ex-presidente chamou embaixadores e, sem provas, realizou uma série de ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.

De acordo com informações publicadas pela “TV Globo”, o parecer foi do vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, que diz que as provas reunidas indicam que houve abuso de poder político de Bolsonaro nas eleições do ano passado.

“O ex-presidente proferiu ataques sem provas ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores que convocou no Palácio da Alvorada. As acusações contra as urnas eletrônicas já haviam sido desmentidas por vários órgãos oficiais”, destacou ele.

Segundo a “TV Globo”, em relação ao candidato a vice-presidente, Braga Netto, o Ministério Público Eleitoral se manifestou pela rejeição das acusações. Até o momento, não existe uma data para que o TSE julgue a ação – os ministros da Corte podem ou não seguir o entendimento do Ministério Público Eleitoral.

Bolsonaro inelegível = mais forte politicamente

Recentemente, ao comentar sobre uma possível inelegibilidade do ex-presidente, Ciro Nogueira (PP), ex-ministro da Casa Civil, afirmou que a decisão tornaria o ex-chefe do Executivo ainda mais forte politicamente falando. Na declaração, o senador chegou a até defender que Bolsonaro seja candidato em 2026.

“Se cometerem essa injustiça […], ele vai se tornar muito mais forte. O Bolsonaro inelegível vai ficar muito mais forte do que ele elegível”, afirmou ele, completando que a prioridade é a candidatura do ex-presidente. Isso porque, de acordo com o parlamentar, a “política tem fila”.
Na ocasião, o senador ainda afirmou que, caso Bolsonaro não possa concorrer, o grande nome após o dele para disputar a presidência é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “pela forma como ele tá conduzindo o governo de São Paulo, pelo tamanho de São Paulo”.
Nesse sentido, o parlamentar também comentou sobre a possibilidade de Michelle Bolsonaro ser candidata à presidência em 2026. Isso, caso o marido esteja fora da disputa. Para Ciro Nogueira, em sua visão, a ex-primeira-dama seria “uma excelente candidata ao Senado” ou a vice.
Alisson Ficher

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