Outras vacinas contra a Covid-19 podem chegar ao Brasil nos próximos meses, segundo anúncio feito pela farmacêutica Moderna após reunião com o Ministério da Saúde na sexta-feira (5).
Segundo a empresa que está fabricando uma das vacinas contra o coronavírus, o Brasil poderá receber cerca de 13 milhões de doses ainda em 2021. Na reunião também foi discutido o cronograma de entrega dos imunizantes e urgência para isso.
Assim, a promessa da companhia é garantir 1 milhão de doses de vacina até julho, e iguais quantias nos meses de agosto e setembro. Entre outubro e dezembro seriam disponibilizados os 10 milhões de doses restantes.
Vacina da Moderna precisa de autorização da Anvisa
Em comunicado do ministério após o encontro, o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, declarou que a posição apresentada pela empresa deu “segurança” para avançar na negociação e na assinatura do contrato.
De acordo com o secretário executivo, a negociação entrará agora na fase final. A minuta do contrato deverá ser elaborada para que o termo possa ser assinado pelas duas partes, concretizando a aquisição.
Franco lembrou que para a aplicação da vacina e o pagamento pelas doses é preciso que a vacina obtenha a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Butantan pede autorização para testes com soro de cavalo
O Instituto Butantan anunciou na sexta-feira (5) a submissão de um novo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – desta vez, não é uma vacina, mas um potencial tratamento contra a Covid-19. O soro de cavalos já foi aprovado na Argentina, mas há pesquisas também em andamento no Rio de Janeiro.
Assim como os humanos, se infectados com o coronavírus, os cavalos têm uma resposta do corpo e produzem anticorpos. Os cientistas do Butantan usaram um vírus inativado – mantém toda a estrutura, as proteínas, mas ele não tem capacidade de desenvolver a doença. Assim, o coronavírus foi injetado nos animais.
A partir disso, o plasma dos animais é extraído e “filtrado” para ficar apenas os anticorpos contra o vírus e, assim, possam ser injetado nos pacientes com a Covid-19.
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