Depois de muito mistério e briga nos bastidores, o Instituto Butantan confirmou que assinou um contrato com o Ministério da Saúde para a aquisição de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com a instituição.
Você sabia? Vendas da vacina contra Covid-19 superam a capacidade de produção
O documento, assinado nesta quinta-feira (07) prevê o fornecimento de 46 milhões de doses, em quatro entregas até o dia 30 de abril. Segundo o instituto, existe ainda a possibilidade de o órgão federal adquirir mais 54 milhões de doses, o que totalizaria 100 milhões.
Segundo o Butantan, o Ministério da Saúde pagará R$ 58,20 por cada dose da vacina, totalizando R$ 2,6 bilhões. “No valor total estão incluídas todas as despesas ordinárias diretas e indiretas decorrentes da execução contratual”, diz o documento.
O pagamento somente será realizado após a obtenção do registro ou autorização para uso emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por fim, o contrato assinado nesta quinta (07) prevê que o Ministério da Saúde “terá o direito de exclusividade na aquisição de doses da vacina”, podendo autorizar “em caráter excepcional a comercialização” para terceiros. Para isso, deverá ser “notificada formalmente sobre a intenção de venda com antecedência mínima de 20 dias.”
Eficácia da vacina
Pela manhã, o governo de São Paulo divulgou que os estudos mostraram que a eficácia da CoronaVac é 78%. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto Anvisa estabeleceram que a eficácia mínima recomendada é de 50%.
Desse modo, a vacina, que será aplicada em São Paulo, e agora em outras localidades do país, ao menos neste quesito, está apta para a aplicação.
De acordo com o governo, os estudos ainda mostraram que a vacina garantiu a proteção total, isto é, de 100%, contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados pela Covid-19.
“As pessoas que receberam a vacina, em relação às que não receberam, não tiveram nenhum caso grave de covid-19. Ou seja, a vacina protegeu 100% em relação a casos graves. Não só: protegeu também 100% contra casos moderados”, revelou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.