O mercado financeiro elevou pela quinta semana seguida a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Com uma leve alta de 0,02 ponto percentual (p.p), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 5,06%. A saber, a previsão alcançava 4,85% há quatro semanas.
Assim, a taxa permanece acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação em 2021, de 3,75%. As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (10).
A propósito, o mercado financeiro também projetou as taxas para a inflação nos três anos seguintes. Nesse caso, não houve elevação das estimativas e a taxas para 2022 continuou em 3,61%, enquanto que para 2023 e 2024, permaneceu em 3,25% para ambos os anos.
Inflação ainda está dentro do limite definido
Em síntese, o CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores caso haja necessidade. Ao mesmo tempo, cabe ao BC adotar medidas para alcançar a meta, pois uma inflação baixa e estável permite maior crescimento econômico, visto que há redução nas incertezas do país.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, funciona como previsão oficial da inflação. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Assim, a projeção do mercado para 5,06% está acima do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC, mas ainda está dentro do limite superior permitido.
Estimativa para o PIB sobe novamente
De acordo com o relatório Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,21% em 2021. Na comparação com a última previsão do mercado, houve alta de 0,07 ponto percentual. A propósito, vale ressaltar que esta é a terceira semana seguida com estimativas mais animadoras.
Da mesma forma, houve uma leve alta de 0,02 p.p. na projeção para 2022, que passou de 2,31% para 2,33%. Já para os anos de 2023 e 2024, as estimativas continuaram as mesmas: o PIB deve crescer 2,50% em cada ano.
Por fim, o dólar deve encerrar o ano mais barato, já que houve queda de R$ 5,40 para R$ 5,35. Por sua vez, a taxa básica de juros, a Selic, permaneceu estável, em 5,50%. Aliás, há quatro semanas, a projeção do mercado financeiro apontava para uma taxa de 5,25% até o final de 2021.