O mercado financeiro elevou pela quarta semana seguida a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Com uma leve alta de 0,03 ponto percentual (p.p), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 5,04%. A saber, a previsão alcançava 4,81% há quatro semanas.
Assim, a taxa permanece acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação em 2021, de 3,75%. As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (3).
Além disso, o mercado financeiro também projetou as taxas para a inflação em 2022, que apresentou um tímido avanço de 0,01 p.p., para 3,61%. Já para 2023 e 2024, a taxa continuou a mesma, em 3,25% para ambos os anos.
Inflação ainda está dentro do limite definido
Em síntese, o CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores caso haja necessidade. Ao mesmo tempo, cabe ao BC adotar medidas para alcançar a meta, pois uma inflação baixa e estável permite maior crescimento econômico, visto que há redução nas incertezas do país.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, funciona como previsão oficial da inflação. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Assim, a projeção do mercado para 5,04% está acima do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC, mas ainda está dentro do limite superior permitido.
Estimativa para o PIB sobe novamente
De acordo com o relatório Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,14% em 2021. Na comparação com a última previsão do mercado, houve alta de 0,05 ponto percentual. A propósito, vale ressaltar que esta é a segunda semana seguida com estimativas mais animadoras.
Em contrapartida, houve uma leve queda de 0,03 p.p. na projeção para 2022, que passou de 2,34% para 2,31%. Já para os anos de 2023 e 2024, as estimativas continuaram as mesmas: o PIB deve crescer 2,50% em cada ano.
Por fim, a previsão para a cotação do dólar permaneceu em R$ 5,40 neste ano. Há quatro semanas, as estimativas apontavam que a divisa americana encerraria o ano a R$ 5,35. Da mesma forma, a taxa básica de juros, a Selic, permaneceu estável, em 5,50%.
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