O Supremo Tribunal Federal (STF) foi às redes socais “cutucar” o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmando, novamente, que nunca proibiu o governo federal de agir no combate à pandemia de Covid-19, algo amplamente repetido pelo chefe do Executivo.
A fala foi feita através de um vídeo, que ainda diz para os internautas não espalhem fake news e sim as “as verdades do STF”. O vídeo, como é possível ver abaixo, foi publicado pelo perfil oficial do STF no Twitter e no Facebook. Na publicação, o Supremo ressalta que “uma mentira contada mil vezes não vira verdade”.
Além disso, material explica que, de acordo com a decisão do plenário da Corte, a União, os estados e também municípios têm “competência concorrente” para agir na pandemia.
O STF não proibiu o governo federal de agir na pandemia! Uma mentira contada mil vezes não vira verdade! Compartilhe este vídeo e leve informação verdadeira a mais pessoas. #VerdadesdoSTF #FakeNewsNão pic.twitter.com/FpmLgNia0z
— STF (@STF_oficial) July 28, 2021
Apesar da explicação didática do STF, Bolsonaro e também seu apoiadores sempre afirmam que a decisão do Supremo de abril de 2020 sobre a competência dos estados para decidir medidas de contenção do vírus teria limitado a atuação do governo federal.
Em janeiro, por exemplo, Bolsonaro afirmou que foi impedido pelo STF de fazer qualquer ação em combate à Covid-19 em Estados e municípios. A declaração polêmica foi feita após o colapso na Saúde de Manaus, que gerou a falta de oxigênio nos hospitais do estado do Amazonas.
À época, em entrevista ao apresentador Datena, na “TV Band”, Bolsonaro disse que, se fosse pelo STF, ele estaria “na praia agora, tomando uma cerveja”. “O Supremo falou isso para mim. O erro meu agora foi não atender ao STF e estar interferindo, ajudando quem está morrendo em Manaus”, disse o chefe do Executivo. Todavia, no entendimento do Supremo, todos são responsáveis por esse enfrentamento.
Mesmo assim, para o presidente não é assim. Prova é que no último sábado (24), Bolsonaro afirmou que se ele estivesse na coordenação das ações de enfrentamento à pandemia, menos pessoas teriam morrido. “Se eu estivesse coordenando a pandemia, não teria morrido tanta gente”, afirmou a apoiadores que estavam no Palácio do Alvorada.
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