O volume de vendas no varejo cresceu 3,4% em agosto e bateu recorde. Em julho, a alta registrada atingiu 5,0%. Em suma, o resultado alcançado é o maior já registrado pela série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). O recorde havia sido alcançado em outubro de 2014. No entanto, o volume de vendas superou em 2,6% o nível atingido em 2014. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela pesquisa, divulgou as informações nesta quinta-feira, dia 8.
De acordo com o instituto, a média móvel trimestral, encerrada em agosto, registrou alta de 5,6% em relação ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo período de 2019, sem ajuste sazonal, o crescimento foi ainda maior, de 6,1%. Contudo, no acumulado dos últimos dozes meses, a alta é menos expressiva, de 0,5%.
Agosto é o terceiro mês seguido de alta no volume de vendas. No entanto, o resultado dos oito primeiros meses de 2020 ainda é negativo, com queda de 0,9%. Apesar disso, a intensidade de retração vem diminuindo ao passar dos meses. Em resumo, os recordes de quedas em março e abril, primeiros meses da pandemia da Covid-19 no país, ainda puxam o resultado para baixo.
Cinco das oito atividades pesquisadas cresceram
A PMC analisa oito atividades do comércio varejista. Dessas, cinco apresentaram alta nas vendas, com destaque para o segmento de tecidos, vestuário e calçados, que cresceu 30,5% no período. Outros artigos de uso pessoal e doméstico também tiveram alta expressiva, de 10,4%. As outras atividades que cresceram foram: móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).
Ao mesmo tempo, o segmento de livros, jornais, revista e papelaria teve forte queda, de 24,7% em relação a julho deste ano. A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fuma caiu 2,2%. Por fim, também houve recuo na venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, de 1,2%.
No acumulado do ano, ao contrário, cinco das oito atividades registram queda. Ao contrário do registrado em agosto, a maior retração no ano é da atividade de tecidos, vestuário e calçados, que caiu 33,4%. Em seguida, vêm os segmentos de livros e revistas, com 29,9% de queda, e equipamentos de escritório e informática, com retração de 19,5%. Combustíveis e lubrificantes caíram 11,7% no ano, enquanto outros artigos de uso pessoal e doméstico reduziu as vendas em 4,2%.
Vendas crescem em 25 das 27 unidades da federação
Além disso, o volume de vendas cresceu em 25 das 27 unidades federativas. As maiores altas aconteceram na Região Norte. Dessa forma, os destaques ficam para o Acre (15,6%), Rondônia (12,8%) e Amapá (12,1%). Os únicos estados que tiveram queda nas vendas do varejo foram Tocantins, com uma retração de 2,4%, e Rio Grande do Sul, que caiu 0,2%.
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